Com negociações em impasse, F1 perde data limite para assinar contrato e confirmar GP em Miami

Tudo parecia muito bem encaminhado, mas o GP da F1 em Miami está a perigo após as partes não finalizarem um contrato até a data estipulada: 1º de julho. Com pressão de moradores locais e dificuldades logísticas, visto que a datal desejada para a prova é outubro de 2019, o acerto entre as partes está ameaçado

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O desejo da F1 em organizar uma corrida em Miami nos próximos anos ganhou novas barreiras. O contrato entre o campeonato e a cidade precisava ser assinado até o último dia 1º de julho, de acordo com o período estipulado pela Comissão Municipal – uma espécie de Câmara de Vereadores local. 

 
A Comissão resolveu, no último mês de maio, permitir a negociação entre o Liberty Media e Miami para que as partes entrassem em acordo para dez GPs. A resolução, no entanto, para manter as datas sob controle, deu o primeiro dia deste mês como limite. Acontece que, segundo Stephanie Severino, diretora-adjunta da parte de comunicações da prefeitura, garante que não há contrato assinado. 
 
A informação é da revista 'Forbes', que garante que, embora ainda não se saiba exatamente o motivo de não haver confirmação, o projeto do GP local encontrou forte oposição nas últimas semanas. 
 
De acordo com a revista, uma parte do traçado precisou ser redesenhada após a apresentação original, por conta de passar por uma área onde está sendo construído um parque. Além disso, moradores da área residencial de Bayfront Park, outra por onde a pista original passava, apresentaram resistência ao que consideram um evento que vai de encontro às leis locais de poluição sonora. 
 
Ainda em junho, 11 moradores locais enviaram um carta para a prefeitura pedindo o fim das negociações. Também pediram a desistência de um festival de música eletrônica, o Ultra Music Festival, que é realizado no local desde 2001 e tem nova edição marcada para 2019.
Chase Carey chegou a problemas para confirmar a prova em Miami (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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"A F1 não apenas afeta o tráfego muito mais que o Ultra: faz ainda mais barulho. O Ultra fecha o porque por três meses e a F1 fecharia por quatro. A ameaça de um processo judicial é clara e esse novo desenho do traçado só piora a situação", disse Andres Althabe, presidente da Associação de Moradores de Biscayne. Um dos membros da Comissão Municipal, Joe Carollo, disse recentemente que não apenas as ameaças de processo são legais, mas "eles provavelmente vão vencer".

 
"Um representante do promotor [o empresário Stephen Ross, dono do time de futebol americano local Miami Dolphins] nos disse, em referência ao envolvimento nas negociações: 'Não é seu parque, é um parque de todo mundo'. Bem, acontece que é exatamente o que pensamos, mas terminamos com uma conclusão diferente: é o parque de todo mundo, então as companhias não podem fechá-lo para lucro próprio a não ser que os residentes vejam o fechamento como um uso positivo do espaço comum", seguiu Althabe.
 
"Agora estamos esperando o contrato que será apresentado à Comissão Municipal, mas se não tivermos um entendimento claro dos benefícios que a corrida trarão para a cidade de Miami, então consideraremos ser contrários à aprovação do contrato por parte da Comissão Municipal", contou. 
 
A trava nas negociações para uma corrida em Miami representam um golpe para o Liberty Media, que tem na cidade uma das três nos Estados Unidos onde gostaria de correr. Com as outras duas, Los Angeles e Nova York, por enquanto não houve qualquer tipo de aproximação. O Liberty ainda não conseguiu acertar nenhuma nova corrida desde que assumiu as rédeas da F1, em 2017.
A ponte de Miami, que deve ser utilizada pela F1 (Foto: Reprodução/Twitter)
Neste momento, Liberty, promotores e cidade de Miami precisam se apressar por um desfecho, visto que a data desejada para a primeira prova é outubro de 2019, apenas 15 meses no futuro. Apenas dois novos eventos nos últimos 15 anos, o GP da Áustria e o GP da Europa em Valência, contaram com menos de 15 meses entre a assinatura do contrato e o fim de semana de atividade. 
 
A Áustria tem ainda uma vantagem: um circuito permanente distante da cidade; em Valência, porém, a F1 viveu uma desilusão com uma corrida de rua que não fez sucesso e durou apenas dois anos – as estruturas postas no local para a prova ficaram abandonados nos anos seguintes.
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