Com pé no chão, chefe vê Ferrari trabalhar como “relógio italiano perfeito” para vencer na Malásia

Chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene não quer saber de distrações depois da vitória de Sebastian Vettel em Sepang e afirmou que a equipe precisa continuar com os pés no chão. Para o dirigente, a chave do triunfo foi a eficiência de todo o time: “Funcionou como um relógio italiano perfeito”

Enquanto na Mercedes impera o discurso do 'sinal de alerta' depois da vitória ferrarista deste domingo na Malásia, pelos lados da equipe italiana a ordem é manter os pés no chão. A esquadra vermelha defende que é muito importante neste momento manter as metas realistas traçadas para 2015 na F1, apesar do surpreendente triunfo conquistado por Sebastian Vettel em Sepang. A opinião é de Maurizio Arrivabene, o chefe da Ferrari.

Contando com uma estratégia certeira e com um melhor gerenciamento dos pneus na quente pista malaia, Vettel soube tirar proveito da situação e bateu os dois pilotos do time alemão, Lewis Hamilton e Nico Rosberg, para vencer pela primeira vez com as cores do Cavallino Rampante. Também foi a primeira vitória da Ferrari desde o GP da Espanha de 2013 e a primeira do próprio Sebastian desde a etapa do Brasil do mesmo ano.

Chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene abraça Sebastian Vettel depois da vitória em Sepang (Foto: Getty Images)

A equipe italiana, que passou por uma série de mudanças internas no ano passado, agora está no meio do caminho para cumprir o objetivo de vencer duas provas nesta temporada. Arrivabene, entretanto, preferiu a cautela e entende que, apesar do potencial da SF15-T, ainda é preciso manter os pés bem fincados no chão para o restante das 17 provas do Mundial.

"Você tem de ser realista", disse o italiano, que assumiu a chefia da Ferrari no fim do ano passado. "Eu disse no início da temporada que queríamos conquistar duas vitórias neste ano e agora já conseguimos vencer uma corrida. Mas, às vezes, quando uma vitória vem cedo demais, isso pode significar uma vantagem ou uma desvantagem. Por isso, precisamos manter os pés no chão", completou.

O dirigente entende que a melhoria na eficiência foi o ponto chave para a vitória da Ferrari. "A disciplina dos caras foi incrível", falou. "Durante a corrida, eu estava vendo os caras, os pilotos, os engenheiros e todos estavam trabalhando como um relógio suíço. Mas desta vez foi um relógio italiano perfeito", acrescentou.

"A mensagem é para manter os pés no chão. A coisa mais importante agora é fazer tudo que temos de fazer sem distrações", concluiu.

FORAM-SE AS VAIAS

A cena era comum em 2013: Sebastian Vettel vencia, o povo vaiava. E aquilo claramente incomodava o alemão, que caminhava para o quarto título mundial. Ele sentia que aquela reação era injusta e que estava no alto do pódio porque trabalhara muito duro para isso junto da Red Bull. Mas o time era visto como vilão pela grande maioria do público. Já dizia Nelson Rodrigues: “As vaias são os aplausos dos desanimados”. Na primeira vitória pela Ferrari, o tratamento que Vettel recebeu foi completamente diferente.

O BOLÃO DA F1

A vitória de Sebastian Vettel rendeu financeiramente para Helmut Marko, consultor da Red Bull. O descobridor do alemão embolsou € 400 euros — pouco mais de R$ 1.400 — ao apostar no agora piloto da Ferrari à vitória do GP da Malásia deste domingo num 'bolão da F1' entre membros do paddock. "Sabia que Vettel podia conseguir. Já podia ver isso desde os treinos livres de sexta-feira", declarou Marko ao jornal alemão 'Bild', demonstrando o velho apreço pelo talento que descobriu.

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