Com recordes e títulos, só vício em sucesso impede GPs ‘amistosos’ para Hamilton
Lewis Hamilton tem o recorde de vitórias da F1 e, dentro de algumas semanas, sete títulos mundiais. O britânico podia relaxar na últimas corridas, mas já sabemos que isso não vai acontecer
Lewis Hamilton já não tem muito o que conquistar na Fórmula 1, verdade seja dita. O britânico virou dono do recorde absoluto de vitórias na categoria, superando Michael Schumacher, e só perde o título da temporada 2020 em caso de catástrofe. Para muitos pilotos, seria o momento de relaxar e baixar a guarda. Não para Hamilton: a busca incessante por sucesso é garantia de um piloto ainda dando o melhor em qualquer oportunidade.
Ainda é cedo para dizer exatamente quando Hamilton será campeão, mas a vantagem de 77 pontos com 130 em jogo indica um possível heptacampeonato com três corridas de antecedência. Ainda assim, Lewis iria para a reta final com a tranquilidade de saber que precisa apenas manter Valtteri Bottas e Max Verstappen sob controle para acumular mais triunfos.
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E aí vamos para 2021. Como se sabe, os carros serão quase iguais aos de 2020, com a mudança drástica de regulamento ficando adiada para 2022. Em outras palavras, Hamilton volta a ficar em posição favorável para empilhar triunfos por mais um ano, isso antes de uma suposta reorganização nas forças da Fórmula 1.
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Verstappen já falou abertamente que espera que Hamilton supere a barreira de 100 vitórias com facilidade. O novo recorde absoluto de vitórias, então, seria dificílimo de ser alcançado. Mesmo que Hamilton não continue no grid por muito mais tempo, é totalmente plausível que o número suba vertiginosamente.
E esse é um feito que tem a ver com o amplo domínio da Mercedes, já o maior da história da Fórmula 1, mas talvez tenha ainda mais a ver com um verdadeiro vício de Hamilton em sucesso. O britânico já poderia ter tomado o mesmo caminho de Nico Rosberg, que foi campeão e saiu por cima para explorar outros interesses fora das pistas. Foi uma decisão elogiável e que aparenta dar certo, mas que não faria sentido para Lewis. Por mais que o #44 tenha hobbies que vão muito além das pistas, é a chance de ganhar sempre que possível que faz a F1 valer a pena.
Isso pode ser chato para quem está cansado de ver Hamilton ganhando, mas garante algo importante no fim de 2020: as corridas que faltam não serão meros passeios para Lewis. O britânico ainda vai se esforçar para correr no limite, o que impede um clima de fim de feira na reta final.
Hamilton há de cansar de tanto vencer em algum momento, claro. O britânico já até falou abertamente sobre o que o futuro reserva após o fim da carreira na Fórmula 1, indicando que o próximo contrato com a Mercedes tem chances reais de ser o último. Até mesmo quem ganha sempre vai ter vontade de se afastar.
Uma possível fronteira final para Hamilton é a conquista de mais dois títulos na F1. Ou seja, ir ao octacampeonato para superar Schumacher como dono isolado de todos os recordes de real importância da categoria. Até lá, o público ainda vai ter a chance de ver alguém dando show – seja para garantir mais um título, seja apenas pelo desejo de vencer.
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