Com testes já em janeiro, McLaren acelera construção dos carros para 2014: "Com certeza, será no limite"

Equipes da F1 e fabricantes de motores contam com prazo apertado para conclusão dos novos carros: testes de pré-temporada, em Jerez de la Frontera, começam em 28 de janeiro. Alain Prost, embaixador da Renault, vê situação com naturalidade: "É absolutamente normal que as pessoas comecem a se preocupar nesta fase do ano"

 
O campeonato de 2014 ainda não começou para os pilotos, mas está a todo vapor para as equipes. Além de já trabalharem nos carros dentro do novo regulamento técnico que entra em vigor na F1 no próximo ano, as escuderias e fabricantes de motores contam com um prazo cada vez mais apertado: os testes de pré-temporada terão início já em 28 de janeiro, em Jerez de la Frontera, na Espanha.
 
Sam Michael, diretor-esportivo da McLaren, reconhece que o cronograma para todos os times está apertado. "Com certeza, será no limite", admitiu o dirigente à revista 'Autosport'. "Hoje em dia, temos simulações, análises de desgaste e dinamômetros que são muito mais sofisticados do que quando tivemos as últimas grandes mudanças nas regras [em 2009], mas você ainda lida com sistemas que são muito metódicos e processuais", explicou.
 
"As equipes, agora, têm procedimentos operacionais para assegurar que não sejam cometidos erros, mas quase todos eles irão para o lixo. Vamos ter que começar de novo", reconheceu o britânico. "É por isso que você verá variações no próximo ano. Todas as equipes, em todas as pontas do grid, terão problemas com os novos sistemas."
Equipes como a McLaren correm contra o tempo, já de olho em 2014 (Foto: McLaren)
Alain Prost, tetracampeão mundial e atual embaixador da Renault, foi menos cáustico que Michael, mas seguiu a mesma linha de pensamento. "Acho que todo mundo está um pouco mais consciente agora. No ano passado, nesta época, as pessoas se concentravam na temporada, e muitas não sabiam o que estava acontecendo com o motor, porque eles estavam focados na disputa", ponderou o ex-piloto francês.
 
"Então, quando eles perceberem, será um despertar. Quando você começa a trabalhar com isso, você pode ver a complexidade da situação do motor de um lado e, do outro, a combinação entre chassi e motor", continuou Prost.
 
"Por isso, é absolutamente normal que, nesta fase do ano, as pessoas comecem a se preocupar. Mesmo os três fabricantes de motores, ainda que sejam realistas e muito experientes, podem não estar otimistas. Mas aos poucos, tudo será normalizado e isso não será mais um problema."
 
O prazo apertado e as diversas mudanças para 2014, no entanto, não fazem com que as principais equipes pensem em perder os primeiros testes do próximo ano na Espanha. Para Michael, não haveria nenhum benefício nisso. 
 
"Não tenho certeza de qual vantagem seria perder o primeiro teste. Se você se ausenta de um teste, você compensará isso com mais testes no túnel de vento. Então, olhando para o chassi, você não vai ter a vantagem de trabalhar com ele por mais tempo", afirmou.
 
"Claro que você pode fazer três semanas a mais nos aerofólios dianteiros e difusores, mas você terá que levar um pacote de atualizações para a primeira corrida. De qualquer forma, não há vantagem nisso. Eu, pessoalmente, acho que você não quer perder esses testes. Você quer estar lá o tempo todo", completou o diretor-esportivo da McLaren.

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