Com Toro Rosso de 2012, Verstappen completa primeiro teste com carro de F1 e dá 148 voltas no circuito de Adria

Max Verstappen completou, nesta quarta-feira (10), seu primeiro teste com um carro de F1. E ganhou elogios por parte da Toro Rosso. O holandês de 16 anos — fará 17 em 30 de setembro — treinou com o modelo de 2012 do time no circuito de Adria, na Itália, onde deu 148 voltas e percorreu um total de 395,3 km.

O teste começou com a pista molhada durante a manhã, exigindo o uso de pneus intermediários, mas as condições melhoraram ao longo do dia e permitiram que slicks fossem colocados no carro na parte da tarde.

Eis Max Verstappen, que vai se tornar o mais jovem piloto a guiar na F1 na história (Foto: Getty Images)

De acordo com a Toro Rosso, Verstappen fez simulações de classificação e corridas pit-stops e treinou largadas. O tempo de volta registrado pelo piloto não foi divulgado.

Contudo, o diretor-esportivo Steve Nielsen elogiou bastante o trabalho. “Em seu primeiro teste de verdade, Max fez um trabalho muito competente, dando a impressão que pilotava um carro de F1 há algum tempo, não como alguém em seu primeiro dia atrás do volante. Não cometeu erros, pareceu confiante e, uma vez que foi solicitado algo, lembrou-se. Em geral, foi muito bem”, declarou.

“Eu estava ansioso pelo meu primeiro teste com um carro de F1 em um circuito adequado e realmente gostei”, disse Max, que havia feito uma demonstração nas ruas de Roterdã na semana passada. Na ocasião, acabou batendo. “Foi uma boa oportunidade trabalhar com Xevi, que será meu engenheiro no próximo ano, bem como ter a chance de me acostumar com todos os botões do volante.”

“Eu acho que correu bem e não posso esperar para voltar a um carro de F1 o mais cedo possível”, afirmou.

O engenheiro Xevi Pujolar, ex-Williams, também comentou. “Max começou o teste com pneus intermediários e foi pegando velocidade sem cometer erros. Trabalhamos vários procedimentos que fazem parte de um fim de semana de corrida. Ele estava muito focado, preciso e aprendeu rápido, sem fazer muitas perguntas”, relatou.

“Uma vez que pudemos colocar slicks, ele se acostumou com o carro no seco e foi ficando mais rápido enquanto tentávamos níveis de combustível diferentes, reproduzindo tanto classificações quanto corridas, misturando saídas curtas e mais longas. Para o primeiro dia, foi bem impressionante”, completou o engenheiro.

As regras da FIA determinam que, para obter uma superlicença, o piloto precisa ter percorrido 300 km em testes com um carro atual da categoria. Como o carro usado nesta quarta foi o de 2012, teoricamente, essa quilometragem não conta. De qualquer forma, a Toro Rosso ainda tem a esperança de que o holandês possa participar de alguma sessão de treinos de sexta-feira até o fim do ano para se preparar para o campeonato do ano que vem.