Começar campeonatos andando nas últimas posições não é novidade para Honda no Mundial de F1

Cinco corridas se passaram no Mundial de F1, e a McLaren Honda ainda nem chegou perto de pontuar na temporada. Para a montadora japonesa, fases ruins como esta não são novidade na categoria

Talvez a McLaren nem pontue neste ano, admitiu Jenson Button após precisar lidar com um carro “assustador” no GP da Espanha do último domingo (10). Para a Honda, passar várias provas longe dos pontos — ou andando nas últimas posições — não chega a ser uma novidade. A montadora japonesa já enfrentou fases tão ruins quanto no passado, e não é nem preciso voltar muito no tempo.
 
A última passagem da Honda pela F1 terminou após uma péssima fase em 2007 e 2008. Naquele ano, o time até conseguiu pontuar no GP da Espanha, então a quarta etapa do campeonato: um ponto em 2007 com a Super Aguri e três em 2008 com o carro da equipe de fábrica. O grande resultado destes dois campeonatos foi o terceiro lugar de Rubens Barrichello no GP da Inglaterra de 2008.
Jenson Button foi 16º no GP da Espanha, à frente apenas da Manor Marussia (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

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Dá para tratar esta associação da Honda à McLaren como a quinta fase da marca na F1.
 
O começo da história foi na década de 1960, com uma escuderia oficial. Entre 1964 e 1968, os resultados não foram grandiosos: o melhor campeonato foi o de 1967, com a conquista da quarta colocação. Em cinco anos, duas vitórias foram comemoradas.
 
A segunda fase foi a melhor de todas — de longe. Fornecendo motores para times de ponta como a Williams e depois a McLaren, a marca foi capaz de lutar por títulos entre 1986 e 1991. Ganhou todos os campeonatos de Pilotos e Construtores de 1987 a 1991, além de uma taça de Construtores em 1986. E, em 1992, com três vitórias de Ayrton Senna e Gerhard Berger, ajudou a McLaren a ser vice. Daí que surgiu toda a mística em torno da associação entre McLaren e Honda.
 
Terminado o ciclo, o comando da Honda se afastou da categoria para retornar em 2000, outra vez como fornecedora de motores. E, parceira de times menores, tornou a ter anos difíceis. Em 2002, só pontuou na sexta corrida com a Jordan. Em 2005, na décima etapa com a BAR — no ano anterior, esse conjunto havia ficado com o vice de Construtores. Então, em 2006, a fábrica de Brackley foi comprada para que a montadora voltasse a ser uma equipe de fábrica.
Kevin Magnussen vê o motor Honda estourar ao sair dos pits em Melbourne (Foto: Reprodução TV)
Se Button mostrou desânimo no domingo em Barcelona, os dirigentes não abandonaram o discurso de que melhoras virão. A Honda pode celebrar, por exemplo, o fato de que os problemas enfrentados na Espanha não foram relativos à unidade de força.
 
“Foi um fim de semana bem desapontador, mas, às vezes, essa é a realidade do automobilismo. Pelo lado positivo, o ritmo de corrida do Fernando estava muito bom. Vamos analisar toda a telemetria e continuar a melhorar a dirigibilidade para a próxima corrida em Mônaco. Esse fator será chave para progredir em um circuito lento de rua”, comentou Yasuhisa Arai, diretor de automobilismo da Honda.
 
E, apesar do pessimismo de Button e da própria McLaren tratar o GP da Espanha como “vexatório”, o diretor de corridas Eric Boullier não joga a toalha: “Não estamos esperando a nossa 16ª vitória em Mônaco neste ano, mas eu não vou fugir de dizer aqui e agora que vamos lutar para marcar pontos no dia 24 de maio."
 
A VITÓRIA E A REAÇÃO?

Mesmo insistindo que não mudaria sua preparação e abordagem para a fase europeia, depois de um início de temporada bem abaixo do esperado em 2015, Nico Rosberg soube tirar bom proveito de um fim de semana pouco inspirado e cheio de problemas do líder Lewis Hamilton. E o alemão, como bem admitiu ainda em função da pole no sábado, precisava do triunfo, pelo campeonato e para si mesmo. E foi o que fez neste domingo, como resultado de um fim de semana de amplo domínio

CHATO, CHATO…

Sejamos sinceros: o GP da Espanha deste domingo não foi lá a corrida mais divertida do mundo. Não passou sequer perto disso. Teve uma boa disputa entre Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr. no final, mas nem entou na tela. Fora isso, o mais interessante foi a mudança de estratégia da Mercedes para que Lewis Hamilton passasse Sebastian Vettel e ficasse em segundo. 

No mais, a etapa catalã do calendário teve mesmo boas doses de zoeiras. Galvão Bueno estava insatisfeito com a FOM, Pastor Maldonado deu 'olá' a seu azar, Romain Grosjean atropelou um de seus mecânicos. Tanto que fizemos uma lista
AZAR INFINITO?

A fase de Fernando Alonso não é boa há muito tempo, e há muito se discute o quanto tem sido azarado. O espanhol teve de abandonar o GP da Espanha, vencido por Nico Rosberg, com problemas nos freios depois de viver um momento de fortes emoções nos boxes com a McLaren. Na hora de fazer seu segundo pit-stop da corrida, o espanhol não conseguiu parar o carro e por pouco não atropelou os mecânicos da equipe inglesa

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