Confira declarações dos pilotos após GP de Abu Dhabi, 18ª e antepenúltima etapa da F1 em 2012

Entre lamentos e comemorações, os sentimentos dos pilotos foram distintos ao fim da corrida deste domingo (4), em Marina de Yas. Michael Schumacher e Sergio Pérez decepcionaram, enquanto Kamui Kobayashi, Paul di Resta e Daniel Ricciardo chegaram à zona de pontuação

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Contrariando todas as previsões possíveis, o GP de Abu Dhabi foi uma das melhores corridas de toda a temporada, a mais equilibrada e surpreendente da F1 em muito tempo. A prova parecia destinada a Lewis Hamilton. Contudo, uma falha no sistema de combustível da McLaren encerrou a corrida do britânico na 20ª volta no circuito de Marina de Yas. Aí a vitória caiu no colo de Kimi Räikkönen, que administrou a liderança até o fim, conquistando seu primeiro triunfo desde o GP da Bélgica de 2009, quando ainda corria pela Ferrari.

A escuderia de Maranello, aliás, foi uma das grandes vencedoras do fim de semana no Oriente Médio. Longe de ser apontado como candidato ao pódio devido aos últimos resultados, Fernando Alonso fez mais uma corrida soberba e, contando com a sorte e seu bom desempenho, terminou apenas 0s8 atrás de Räikkönen. Melhor ainda foi Sebastian Vettel. O alemão largou do pit-lane, esteve por duas vezes em último lugar, mas fez uma belíssima corrida de recuperação e, por muito pouco, não brigou pela vitória. No fim das contas, o terceiro lugar lhe valeu como uma vitória.

Mas o GP de Abu Dhabi teve outros bons destaques. Um dele foi Kamui Kobayashi. Longe de ter seu futuro na Sauber e na F1 garantido para 2013, o piloto japonês conquistou um ótimo sexto lugar. Paul di Resta, em nono, e Daniel Ricciardo, em décimo, também foram surpresas positivas do fim de semana. O mesmo não se pode dizer de Sergio Pérez, culpado por uma batida que envolveu os carros de Romain Grosjean e Mark Webber. Michael Schumacher foi mais uma vez apagado, enquanto seu compatriota, o jovem Nico Hülkenberg, tampouco completou a primeira curva depois de ter acertado Di Resta e Bruno Senna.

Confira as melhores imagens do GP de Abu Dhabi na Galeria GP

Webber foi abalroado por Romain Grosjean e abandonou o GP de Abu Dhabi (Foto: Red Bull/Getty Images)

Red Bull

Mark Webber, abandonou: “Nada deu muito certo para nós hoje. Acho que nós estávamos fortes, mas nunca tivemos pista livre, e foi difícil aqui com o tráfego. Vimos alguns incidentes com pessoas que estavam tentando passar. Em última análise, no incidente que acabou com a minha corrida, tentei ir por dentro, e quando os carros à minha frente se tocaram, achei que havia uma chance. Mas, em seguida, Grosjean bateu no meu carro, o que decretou o fim [da corrida] para nós. Qualquer coisa que tentássemos hoje simplesmente não daria certo.”

 

Mercedes

Michael Schumacher, 11º: “Infelizmente temos de dizer que, novamente, tivemos azar hoje. Devido ao furo no pneu, tive de fazer outra parada mais tarde, e isso me custou a soma de alguns pontos. Desde tal fase da prova, não pude fazer nada. Foi uma pena, já que tive um ritmo razoavelmente bom e poderia ter somado alguns pontos. Até o fim da corrida esperava reduzir a diferença para os dez primeiros e estávamos evoluindo, mas simplesmente não deu certo.”


Lotus

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean, abandonou: “Nós estávamos fazendo o melhor que podíamos com o que tínhamos e estávamos indo muito bem. Foi uma briga apertada, com três carros lado a lado na curva 11. Paul Di Resta estava atacando e Pérez escapou na curva 13, voltando na 14 e me deixando sem espaço para desviar. Aí Mark veio e foi uma batida muito forte. Contra Rosberg, eu mantive minha trajetória na curva 8, mas novamente não pude escapar. Tentei abrir a trajetória o máximo que pude, na curva 9, mas eu precisava estar lá. Foi um dia de azar”

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Force India


Nico Hülkenberg, abandonou: “Fiz uma largada muito ruim e uma péssima entrada na primeira curva. Então, me vi ensanduichado por carros ao meu redor. Acredito que era meu companheiro, uma Sauber e uma Williams, e não havia espaço suficiente. Tentei sair dali, mas já era tarde demais. Houve uma batida entre os carros, e ali acabou a minha corrida.”

Paul di Resta, nono: “Foi uma corrida frenética, mas estou feliz por sair daqui com alguns pontos levando a maneira como a corrida se desenvolveu. Não estou certo do que aconteceu quando entrei na primeira curva, já que fiz uma grande largada e superei Nico, mas, na saída da curva 1, percebi que meu pneu estava furado. Isso me fez perder muito terreno, mas o primeiro safety-car me colocou de volta à disputa. Tentamos chegar ao fim sem parar novamente e subi até o quinto lugar, até que veio o segundo safety-car, e a equipe me chamou aos boxes para colocar pneus novos. Nos últimos instantes da prova, nosso ritmo era muito forte e consegui superar as duas Toro Rosso, mas não consegui bater Senna. Ele estava na zona de ativação da asa móvel com Massa e não pude ultrapassá-lo. Assim, tive de me contentar com o nono lugar.”

Sem futuro garantido na F1, Kobayashi conquistou um bom sexto lugar em Abu Dhabi (Foto: Sauber)


Sauber

Kamui Kobayashi, sexto: “Foi uma corrida muito complicada. Estou muito feliz porque consegui somar oito pontos para a equipe. A luta pelo quinto lugar do Mundial de Construtores nas duas corridas finais será muito emocionante. Infelizmente, hoje não consegui tirar o máximo do carro. Houve um problema com a redução de marchas, de modo que não conseguia recarregar o Kers da forma correta e não tive o máximo [de performance]. Mas, fora isso, minha corrida foi boa. Tive uma boa largada, enquanto a equipe fez um belo trabalho em termos de estratégia e pit-stop.”

Sergio Pérez, 15º: “Nós estávamos mirando uma boa corrida, e tive a sensação que até mesmo o pódio seria algo possível. Mas, depois do meu pit-stop, fiquei preso atrás de Romain Grosjean e Paul di Resta e não pude disputar com eles, já que ambos tinham boa velocidade em linha reta. Então, tive de me arriscar demais para alcança-los, mas depois, infelizmente, bati na Lotus e a minha corrida acabou. É uma pena, já que o nosso ritmo de corrida era muito bom.”

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Toro Rosso

Daniel Ricciardo, décimo: “Tive uma boa largada, mas precisei evitar um acidente pouco depois. Meu ritmo inicial era muito bom e consegui me manter junto a Schumacher, que andava com pneus duros, enquanto a maioria estava com os macios. Mas não consegui me aproximar o suficiente para ultrapassá-lo. Depois, em meu segundo stint, com os duros, não consegui encontrar rapidamente o ritmo e sofri um pouco com os freios. Quando saiu o segundo safety-car, fizemos um novo pit-stop, o que foi uma boa decisão. Originalmente, havíamos planejado somente uma parada. Estou muito contente com o décimo lugar, já que não esperava somar pontos na primeira parte da corrida, mas nunca me rendi e segui lutando até o fim. Nas últimas voltas, Schumacher se aproximou outra vez, mas consegui mantê-lo sob controle. O que aconteceu com Vettel durante o primeiro safety-car? Olhei para os retrovisores e o vi bater com um desses painéis de poliestireno, mas não tive ideia do que aconteceu.”

Os pilotos da Toro Rosso tiveram sentimentos distintos após a corrida em Marina de Yas (Foto: Red Bull/Getty Images)

Jean-Éric Vergne, 12º: “Comecei a corrida uma posição atrás do meu companheiro de equipe e terminei duas atrás dele. Estou decepcionado pela maneira como a corrida terminou para mim. Fiz uma boa largada saindo de 17º e, ao fim da primeira volta, já estava em 12º. A chamada do pit-wall para fazer minha primeira troca de pneus foi muito antes do planejado, já que, quando saiu o primeiro safety-car, aí sim era o momento correto. Além disso, o segundo safety-car não nos ajudou. Assim, no fim das contas, Daniel, com pneus mais novos, pôde andar mais rápido. É bom para a equipe ter conseguido outro ponto ao encerramento de fim de semana complicado para nós.”


Caterham

Heikki Kovalainen, 13º: “Tive uma boa corrida hoje. Na índia, o equilíbrio foi bom foi bom na corrida e, se não tivesse o problema no Kers, tenho a certeza que teria uma melhor tarde lá. Aqui foi a mesma coisa: o carro estava bom e, com mais desempenho, estaríamos lá em cima na luta [por pontos]. Precisamos seguir trabalhando com as novas peças que trouxemos aqui para tirar o máximo de proveito delas. Temos mais três dias na pista aqui para nos ajudar a fazer isso [se referindo ao teste com jovens pilotos]. Então temos razões de sobra para ficarmos otimistas com as duas corridas restantes. Tive uma largada ok e meu ritmo era muito bom. Os carros mais rápidos me ultrapassaram e fiz a minha corrida particular. Quando os safety-cars deixaram a pista, todo mundo ficou junto novamente, mas, após cada largada, me consegui me afastar facilmente [dos outros carros das equipes novatas] e terminei a corrida depois de ter feito o máximo que poderia com o carro hoje.”

Vitaly Petrov, 16º: “Fiz uma largada muito boa e fiquei lado a lado com Heikki. Se nós tivéssemos travado as rodas no mesmo ponto, provavelmente teríamos batido. Então antecipei a freada e, a partir deste ponto, lutei para ter maior aderência. Não estava certo de qual foi o motivo disso, mas em ambas os stints eu não tinha ritmo para alcançar os carros da frente. Óbvio que foi uma corrida um pouco decepcionante, especialmente quando você vê que Heikki teve um bom ritmo hoje, mas às vezes é assim. O carro esteve bom na tarde de sexta-feira, mas ontem e hoje simplesmente o ritmo não estava lá. Agora temos um tempo para analisar e garantir que voltaremos a ter ritmo. Sabemos que podemos encontra-lo na próxima corrida, em Austin.”

 

Marussia

Timo Glock, 14º: “Depois de um treino classificatório difícil, hoje foi um dia muito melhor para a gente, e tivemos um bom ritmo de corrida. Infelizmente, na primeira volta, eu estava atrás de Charles e toquei na traseira do carro dele, o que me custou um pouco de performance aerodinâmica. Eu tentei acompanhar o ritmo de Heikki, mas ele estava um pouco mais rápido no primeiro setor, pois eu estava saindo de frente. Ao menos pude abrir uma diferença para Petrov e mantê-lo atrás de mim durante toda a corrida.”

“Nós tivemos um pit-stop excelente, e a velocidade máxima estava muito boa comparada aos outros carros. Tivemos alguns carros mais rápidos atrás de mim por um tempo e, embora puderam me ultrapassar, eu consegui disputar com eles. No final, tive uma boa luta com Sergio Pérez e mesmo com a asa traseira móvel ele não conseguiu me passar. Foi um bom jeito de terminar o fim de semana, e estamos ansiosos para as próximas duas corridas.”

Charles Pic, abandonou: “Foi uma corrida dura, mas bastante emocionante. A primeira volta foi desafiadora, já que eu estava lutando contra Timo e as Caterham, então muita coisa aconteceu nas primeiras curvas. Infelizmente, acabei ficando para trás. A partir daí, eu tive uma boa batalha com Vitaly e quase o ultrapassei em diversas situações. Infelizmente, não pudemos superar a vantagem de ele ter o Kers.”

“Nossas paradas não foram perfeitas, o que é uma pena, já que um pit-stop limpo poderia ter feito ganhar a posição dele. No geral, eu estou satisfeito com as boas batalhas com a Caterham, mas foi uma pena abandonar com o problema no motor. Foi um fim de semana bastante positivo, então vamos nos focar nas duas próximas corridas, que são em pistas novas para mim, sendo que a próxima é nova para todos, o que será muito emocionante.”

Karthikeyan se mostrou aliviado por não ter se lesionado no forte acidente com Rosberg (Foto: HRT)


HRT

Pedro de la Rosa, 17º: “Estou feliz por ter conseguido terminar a corrida e porque eu dei o máximo. Mas hoje não conseguimos competir à altura dos nossos rivais. Na largada, tivemos um problema com a manta térmica, que ficou enganchada na roda traseira, e tive de largar do pit-lane com os pneus muito frios. Mas durante a corrida o carro foi bem, os pneus suportaram apenas uma parada sem problemas e administramos as temperaturas dos freios e do motor. Mas ainda nos faltam alguns décimos para poder estar lá [junto com os outros carros das equipes menores] e espero que possamos dar esse passo nas próximas corridas. Esforço e trabalho não vão faltar.”

Narain Karthikeyan, abandonou. ”Hoje não tivemos ritmo suficiente, de modo que eu me concentrei em marcar tempos consistentes e tirar o melhor do carro. Mas, na nona volta, tivemos um problema com a pressão hidráulica e a direção do carro ficou muito dura, então tive de tirar o pé do acelerador. Infelizmente, Rosberg vinha por trás e não pude evitar [a batida]. Foi muita infelicidade, mas temos de virar a página e pensar no GP dos Estados Unidos, dentro de duas semanas.”

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