Confira declarações dos pilotos após GP do México, 19ª etapa da temporada 2016 do Mundial de F1

Enquanto Lewis Hamilton e Nico Rosberg formavam a dobradinha da Mercedes, a briga pelo último degrau do pódio no GP do México estava quente. De punição em punição, Daniel Ricciardo foi o agraciado

O GP do México não foi dos mais animados. O que se viu neste domingo (30) foi Lewis Hamilton disparando na liderança, impedindo qualquer reação de Nico Rosberg. O britânico, antes dado como morto no campeonato, segue cortando a vantagem do alemão, fazendo sua parte – agora são 19 pontos de diferença.
 
Mais interessante do que a briga pela vitória foi a briga pelo pódio. Max Verstappen cruzou a linha de chegada em terceiro, mas perdeu a posição por ter cortado uma curva ao se defender de Sebastian Vettel. Depois foi a vez de Vettel ser punido por mudar de trajetória ao se defender de Daniel Ricciardo – que acabou com o degrau mais baixo do pódio.
Daniel Ricciardo durante o GP do México de F1 (Foto: Red Bull Content Pool)
Enquanto as três principais equipes se enfrentam na briga por pódio, Force India e Williams travaram sua já habitual briga particular. Nico Hülkenberg foi sétimo e Sergio Pérez foi décimo – a dupla, portanto, ensanduichou Valtteri Bottas e Felipe Massa, oitavo e nono. Os resultados significam que os indianos abriram mais um ponto de vantagem na briga pelo quarto lugar no Campeonato de Construtores.
 
Fora da zona de pontos, sentimentos mistos. Algumas equipes conquistaram mais do que imaginavam – a Sauber bateu na porta da zona de pontos com Marcus Ericsson –, enquanto outras se decepcionavam – a McLaren voltou a ser incapaz de cumprir suas promessas.
 
Confira as declarações dos pilotos após o GP do México:
 
FORCE INDIA
 
Nico Hülkenberg, sétimo: “Definitivamente não foi uma corrida ruim, foi o melhor resultado que poderíamos esperar em condições normais. Fiz uma boa largada, mas acabou sendo uma tarde solitário para mim. Serviu para cuidar dos meus pneus e do meu ritmo. A briga com Räikkönen no final certamente seria difícil, ele tinha uma vantagem enorme nos pneu. Fico surpreso que tenha dado para segurar ele por tanto tempo. No fim das contas, foi um bom fim de semana. A classificação foi o ponto alto, e saímos com um resultado sólido. Saímos do México com o quarto lugar no Campeonato de Construtores consolidado”.
 
Sergio Pérez, décimo: “Mesmo conseguindo pontuar, foi uma corrida muito frustrante. Fiquei preso atrás das Williams, não conseguia ultrapassar. Tentei tudo que pude, mas não era fácil, eles tinham a vantagem em velocidade final. Teve várias vezes que eu cheguei perto de passar o Felipe, mas não deu. Talvez desse se tentássemos algo diferente com a estratégia, acabamos subestimando o efeito do pneu médio. Poderíamos ter parado antes e andado mais com os médios depois. Mas mesmo com o décimo lugar os fãs estavam me apoiando. Eles são tão fiéis, sempre me apoiam e me dão tanto energia positiva. Eu queria dar um resultado melhor, mas essa já é a melhor corrida do ano”.
Massa e Pérez protagonizaram boa briga pela nona posição no México (Foto: Williams F1/LAT Photographic)
WILLIAMS
 
Valtteri Bottas, oitavo: “A equipe fez um bom trabalho, a estratégia funcionou tão bem quanto poderia ter funcionado. Fizemos a estratégia de parar uma vez funcionar, o que ficou ainda melhor com o timing perfeito dos pits. Uma pena que a Force India ainda tenha um pouco mais de ritmo do que nós, é por isso que um deles ainda estava na nossa frente. A batalha entre nós segue bem apertada, só precisamos garantir que vamos fazer um bom trabalho no Brasil”.
 
SAUBER
 
Marcus Ericssson, 11º: “O acidente da largada foi um azar e, para ser honesto, eu tive medo de que aquilo seria o fim da nossa corrida. Consegui voltar aos boxes e trocar a asa dianteira, mas vimos que o assoalho estava danificado. Seguimos em frente, consegui recuperar meu ritmo, então o carro ainda estava bom. Chegamos perto dos pontos, mas não perto o suficiente. Vamos pegar o lado positivo de hoje, serve para mostrar que estamos no caminho certo”.
 
McLAREN
 
Jenson Button, 12º: “O nosso problema, e dos outros também, é que simplesmente não dava para ultrapassar. Perdemos muito tempo nas 30 primeiras voltas preso atrás de outros carros. Preso atrás do Magnussen, do Alonso, do Sainz, do Palmer… Era muito difícil, mas conseguimos passar todos. Aí nosso ritmo ficou bom, fomos tão longe quanto poderíamos. Mesmo com ar limpo pela frente, não acho que teria dado para chegar em décimo”.
 
Fernando Alonso, 13º: “Eu diria que dava para ter feito algo melhor hoje, mas desde a primeira volta parecia que estávamos no lugar errado na hora errada. Tivemos um pequeno incidente, o que nos colocou em uma posição difícil. Ficamos presos atrás do Sainz por umas 40 voltas. Um problema no segundo pit não nos ajudou. No fim das contas, ter ritmo sempre deixa tudo mais fácil. É nisso que precisamos focar”.
Jenson Button durante o GP do México de F1 (Foto: McLaren Honda)
RENAULT
 
Jolyon Palmer, 14º: “Acho que 14º é o melhor que poderíamos conseguir depois de largar em último, então fico feliz. Tive boas disputas com os caras da McLaren, o que foi divertido. Conseguir 70 voltas com o mesmo pneu também deve ser algum tipo de recorde. Foi um desafio, mas estávamos andando bem. Éramos velozes o suficiente para manter os competidores atrás”.
 
Kevin Magnussen, 17º: “Um trecho final com supermacios deu muito certo semana passada, mas dessa vez a história foi outra. Parece que não tínhamos ritmo em nenhum dos pneus que usamos. Foi uma corrida frustrante. Meu primeiro set de macios se degradou de acordo com o esperado, mas parece que não conseguimos manter o ritmo com médios. Espero uma corrida muito melhor no Brasil”.
 
TORO ROSSO
 
Carlos Sainz Jr., 16º: "Hoje não foi o nosso dia. Foi uma tarde bem difícil, na verdade. Durante as voltas antes de ir ao grid, eu senti que havia algo de errado com a caixa de câmbio, especialmente nas reduções de marcha. Os freios também estavam superaquecendo, e isso foi desde a primeira volta. Além disso, não tínhamos um bom ritmo hoje. Depois, ainda tomei uma punição pelo toque com Fernando Alonso na volta 1, o que só tornou tudo ainda mais difícil. Então, ficamos fora dos pontos, infelizmente. É uma pena, porque ontem o dia foi muito bom, mas as corridas são assim mesmo."
 
Daniil Kvyat, 18º: "Estou realmente feliz com a minha corrida hoje, mesmo terminando em 18º. Tive algumas brigas muito boas, fiz boas ultrapassagens e me diverti. Para falar a verdade, o nosso ritmo hoje não era nada bom para lutar por posições mais à frente, infelizmente. Depois eu ainda tive uma punição de 5s, e o que posso dizer é que às vezes não há coerência nisso. Temos agora mais duas corridas e vamos tentar fazer o melhor."
Lewis Hamilton durante o GP do México de F1 (Foto: Red Bull Content Pool)
HAAS
 
Esteban Gutiérrez, 19º: "Foi uma experiência incrível. Nós imprimimos um ritmo forte, fomos ao limite do que o carro podia. Também tive de cuidar dos freios, porque lutamos muito com a temperatura, então tinha de frear mais cedo. Não foi o ideal, mas foi a única forma que encontramos para terminar a corrida. Gostaria de ter feito algo melhor neste fim de semana, mas, infelizmente, não foi possível."
 
Romain Grosjean, 20º: "Tentamos mudar algumas peças para analisar o que estava acontecendo de errado, mas nós realmente não conseguimos encontrar o problema ainda. O carro simplesmente não tinha desempenho. Foi difícil de guiá-lo. Não sabemos direito o que houve. Estamos passando por uma incompatibilidade. O carro sai de frente e de traseira. Também estava puxando para a esquerda nas frenagens. Foi muito estranho. Então, foi um dia bem difícil hoje."
 
MANOR
 
Esteban Ocon, 21º: “A corrida do México não vai ser lembrada como uma das minhas favoritas. E isso é uma pena, a pista é ótima para receber a F1. Na verdade, nem foi tão ruim quanto o resto do fim de semana, mas nunca conseguimos superar os problemas que tivemos com a dirigibilidade. No fim das contas, só fico feliz por ter terminado”.
 
Pascal Wehrlein, NC: “Não dá para acreditar, é de quebrar o coração. Tínhamos a chance de fazer uma boa corrida, mas ver essa chance ir embora no começo foi difícil de engolir. Tive uma boa largada, ganhei duas posições, e aí acabou. Gutiérrez me acertou por trás, foi isso. Depois eu acertei o Marcus Ericsson, minha suspensão quebrou e estava tudo acabado. Estava por fora, deixando muito espaço. Não consigo entender a necessidade de arriscar tanto em uma corrida tão longa”.
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