Conta-giro: grid magro não apaga brilho de Nasr na melhor estreia brasileira da história da F1, avaliam Wilsinho e Serra
Antes de Felipe Nasr, os melhores estreantes brasileiros da F1 eram Wilsinho Fittipaldi e Chico Serra. Os dois elogiaram bastante o desempenho do piloto da Sauber no GP da Austrália, com a conquista da quinta colocação

A F1 que Wilsinho Fittipaldi e Chico Serra viram pela primeira vez era muito diferente da atual. Carros, circuitos, tecnologia, dinheiro, tudo. Mas, principalmente, o grid era muito maior. 33 carros estavam inscritos e 25 largaram no GP da Espanha de 1972, que Wilsinho terminou na sétima posição. 24 alinharam no grid em Long Beach em 1981, quando Serra também debutou chegando em sétimo. Mas o tamanho do grid não apaga o brilho do quinto lugar de Felipe Nasr no GP da Austrália de 2015, que os desbancou e se tornou o melhor resultado de um estreante brasileiro na história da categoria.

Inscrito pela Brabham-Ford, o irmão mais velho de Emerson Fittipaldi deixou uma boa primeira impressão no Mundial. Seu companheiro de equipe era ninguém menos que Graham Hill, e Wilsinho foi mais rápido já no treino classificatório. Depois de garantir o 14º lugar no grid, ganhou posições e chegou a andar em oitavo. Foi ultrapassado por François Cevert e Peter Revson, mas logo recuperou-se com os abandonos dos adversários. Ainda seria superado por Dave Walker, mas este teve uma pane seca no final da prova e entregou-lhe o sétimo lugar.
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Para o irmão do bicampeão Emerson Fittipaldi e chefe da única equipe brasileira que já passou pela categoria, a questão do grid magro é apenas um sintoma da “pior fase da história da F1”.
Serra, de fato, sabe como é duro pontuar na F1. Nas 18 vezes em que largou, conseguiu terminar no top-6 com sua Copersucr-Fittipaldi apenas uma vez, em 1982, na Bélgica. Foi sexto e levou para casa o único ponto da vida. O retrospecto de Wilsinho é três vezes melhor: foi sexto no GP da Argentina de 1973 e quinto na Alemanha no mesmo ano, sempre de Brabham, totalizando três tentos.

Fazer a estreia em um circuito de rua não é fácil, mas Chico Serra até que se saiu bem. Dividindo a equipe brasileira com Keke Rosberg, foi 0s4 mais lento, porém largou imediatamente atrás na 18ª colocação. Durante a prova, foi ganhando posições na medida em que outros pilotos quebravam ou se acidentavam. No final, terminou em sétimo e penúltimo lugar, duas voltas atrás do vencedor Alan Jones. Mas ficou à frente de René Arnoux, que disputou o título daquele ano com uma Renault equipada com motor turbo.

Nada faz pensar que a Mercedes não vá repetir a dobradinha vista no GP da Austrália deste ano ou mesmo o resultado do GP da Malásia de 2014, e com Lewis Hamilton à frente de Nico Rosberg.
A briga pelo lugar que sobra do pódio fica entre Ferrari e Williams, com vantagem para Sebastian Vettel. Se a chuva vier, só assim, as coisas podem mudar na segunda etapa do campeonato em Sepang.

A Williams agora tem um piloto reserva, depois que viu a necessidade de contar com alguém na função. O alemão Adrian Sutil foi anunciado como o substituto imediato de Valtteri Bottas e Felipe Massa na equipe de Grove. Sutil está na F1 desde 2007, quando estreou pela equipe Spyker. Seguiu nela após a mudança de nome para Force India e defendeu a Sauber na temporada 2014, sendo dispensado para dar lugar a Felipe Nasr e Marcus Ericsson em 2015.

