Da indisposição em Sóchi aos dez dias de segredo: a linha do tempo da Covid-19 de Stroll
Lance Stroll de fato teve Covid-19 na semana do GP de Eifel, uma história repleta de segredos e incertezas. É hora de recordar as últimas semanas do canadense para entender um verdadeiro teste de fogo aos protocolos determinados pela Fórmula 1
A tal indisposição de Lance Stroll se tornou um assunto muito mais complexo do que inicialmente imaginado. Stroll perdeu o GP de Eifel por sintomas análogos ao de uma gripe comum, mas revelou nesta quarta-feira (21) que esteve sofrendo de Covid-19. O momento é de questionamentos e incertezas sobre a Fórmula 1 e seus protocolos para realizar a temporada 2020.
O diagnóstico de Stroll é repleto de segredos, incluindo um período de dez dias entre o teste positivo de coronavírus e a confirmação ao público. Para entender o andar das últimas semanas de Stroll, com um mal-estar que vem desde o GP da Rússia, o GRANDE PRÊMIO traça uma linha do tempo para explicar o que se sabe dos acontecimentos.
Relacionadas
Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!
Do Canadá/2007 a Eifel/2020: como Hamilton alcançou Schumacher em número de vitórias
27 de setembro: Stroll está em Sóchi para o GP da Rússia. O canadense participa das atividades do fim de semana sem muitos problemas. Largando em 13°, Lance é atingido por Charles Leclerc e abandona.
28 de setembro: no retorno da Rússia à casa na Suíça, Stroll começa a ter problemas. O canadense se sente indisposto, mas não parece ser uma grande preocupação. Afinal, a próxima corrida é só dentro de duas semanas, em Nürburgring. De acordo com Otmar Szafnauer, chefe da Racing Point, Lance realiza o primeiro de “cinco testes ou mais” para checar um possível contágio de coronavírus.
6 de outubro: é terça-feira antes do GP de Eifel, e Stroll continua não se sentindo 100%, mas com sintomas sutis. Mesmo assim, o teste obrigatório da F1 traz a boa notícia de um resultado negativo para coronavírus. Só depois dessa garantia que Lance tem a autorização para viajar até Nürburgring e participar das atividades do fim de semana.
8 de outubro: todo mundo já está em Nürburgring, incluindo Stroll. A F1 leva um susto com casos de coronavírus na Mercedes, mas um isolamento ágil traz tranquilidade antes das atividades de pista.
9 de outubro: Stroll segue se sentindo disposto, tanto que a Racing Point nem cogita chamar Nico Hülkenberg como substituto. Os dois treinos livres são cancelados por conta de neblina forte.
10 de outubro: Lance acorda com dificuldades. O piloto “não se sente bem” e tem dor de estômago. O sinal de alerta soa e, em conjunto com a Racing Point, opta-se pelo isolamento de Stroll no motorhome. Há o TL3 pela manhã, mas o piloto nem volta ao paddock. Um médico examina o canadense e informa que os sintomas não são compatíveis com os de Covid-19. A Racing Point, assim, não vê necessidade de informar à FIA sobre a evolução do quadro de saúde. A equipe chama Hülkenberg, que disputa o treino classificatório e a corrida, terminando em oitavo.
11 de outubro: é noite, e Lance, já em sua casa na Suíça, volta a realizar teste de coronavírus. Dessa vez, o resultado é positivo. Stroll ainda não se sente 100%, tendo sintomas sutis da Covid-19. O isolamento continua. O público não sabe da doença.
19 de outubro: mais de uma semana se passa, e Stroll finalmente volta a testar negativo para Covid-19. O piloto se recupera do susto e, com o GP de Portugal se aproximando, garante retorno ao grid da F1.
21 de outubro: Stroll finalmente confirma publicamente que tem coronavírus, dez dias após o diagnóstico inicial. A Fórmula 1 assina embaixo, mas sem fazer comentários adicionais. A Racing Point confirma o relato de seu piloto.
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.