Hill vê Ferrari em “crise perpétua” e sugere que Leclerc “olhe para Aston Martin”

Campeão Mundial em 1996, Damon Hill afirmou que a Ferrari precisa de um comando técnico mais rigído, assim como era na época de Jean Todt e Ross Brawn, para não perder Charles Leclerc

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Mesmo com a troca no comando com a chegada de Frédéric Vasseur na vaga de Mattia Binotto, o corpo estratégico da Ferrari segue cometendo erros na temporada 2023 da Fórmula 1. As decisões controversas têm formado fortes opiniões na imprensa. Entre os críticos está Damon Hill, que vê a escuderia italiana em uma crise interminável que pode causar a saída de Charles Leclerc.

Campeão do mundo com a Williams em 1996, Hill avaliou a atual situação da Ferrari, principalmente após mais um erro tático que custou a eliminação de Leclerc no Q2 da classificação para o GP do Canadá. Quando a chuva deu uma trégua na segunda parte do treino, o monegasco sugeriu a equipe para colocar os pneus slick, assim como fizeram os seus adversários diretos. Mas o pedido foi negado pela equipe, o que contribuiu para o piloto do carro #16 não avançar ao Q3.

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Charles Leclerc foi eliminado no Q2 da classificação do GP do Canadá (Foto: AFP)

“Eles [Ferrari] precisam refletir profundamente, ou alguém precisa”, começou o ex-piloto britânico, em entrevista ao The Express. “Parece que essa é uma crise da qual eles sofrem perpetuamente. É como se você não soubesse quem está realmente no comando lá”, apontou.

Apesar da corrida de recuperação de Leclerc, que terminou em quarto lugar, e de Carlos Sainz, que cruzou a linha de chegada em quinto após largar em 11º devido à perda de três posições no grid, Hill insistiu que o time de Maranello precisa de um comando técnico mais qualificado, assim como aconteceu entre 1996 e 2007, quando a escuderia venceu sete títulos do Mundial de Construtores e seis de pilotos — cinco com Michael Schumacher e um com Kimi Räikkönen.

“[A Ferrari] É uma força tão poderosa no esporte, precisa da mão firme de alguém como Ross Brawn ou Jean Todt para agarrá-la e fazer com que todos marchem juntos”, afirmou.

Caso a equipe não evolua no quesito estratégico, Hill acredita que Leclerc poderá deixar a Ferrari em busca de um grupo técnico mais assertivo e, inclusive, apontou um possível destino para o monegasco de 25 anos. “Suponho que ele possa olhar para a Aston Martin, mas acho que Fernando [Alonso] tem um contrato de dois anos com eles de qualquer maneira. Acredito que ele provavelmente abriria mão se lhe pagassem dinheiro suficiente, mas não acho que ele queira abrir mão de um lugar competitivo”, completou.

Em quarto lugar no Mundial de Construtores, com 122 pontos, 45 atrás da Mercedes, rival direta pelo vice-campeonato, a Ferrari retorna à pista para a disputa do GP da Áustria, nona etapa da temporada 2023 da F1, que acontecerá entre os dias 30 de junho e 2 de julho. E o GRANDE PRÊMIO vai acompanhar tudo.

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