Dança dos cockpits embala lista de surpresas na F1 em 2016, mas Rosberg assombra com aposentadoria inesperada

Assombrosa decisão do campeão mundial protagonizou nova rodada de negociações no mercado de pilotos para o ano que vem, incluindo, a antes impensável volta de Felipe Massa. Movimentação ainda ofuscou os bons anos de Max Verstappen e Sergio Perez entre as gratas novidades da temporada

 

A tão conhecida dança dos cockpits impede o término da temporada 2016 da F1. Nem tanto pela movimentação de pilotos, mas pela qualidade dos nomes envolvidos. Cada uma a seu nível, as por enquanto aposentadorias de Nico Rosberg, Jenson Button e Felipe Massa da principal categoria do automobilismo configuram o caráter imprevisível do ano. O alemão da Mercedes, claro, bateu todos os níveis de surpresa com um adeus inimaginável para o atual campeão mundial.

 
Apesar de já haver precedentes na história da F1 – Nigel Mansell (após a conquista de 1992), Alain Prost (1992), Jackie Stewart (1973) e Mike Hawthorn (1958) – a decisão de Rosberg assombrou o mundo da velocidade. Ninguém poderia esperar que o melhor piloto, no melhor carro, não quisesse defender o título no ano seguinte. As razões levantadas, que pouco podem ser compreendidas por pessoas que não têm o sobrenome Rosberg, foi dada apenas cinco dias após erguer o troféu de campeão mundial.
 
E foi exatamente essa surpreendente decisão que desencadeou novo e ainda mais intrigante capítulo no mercado de pilotos. Mesmo com tantos bons nomes no grid de largada, o assombroso mesmo veio, e continua vindo, da movimentação no paddock.
Massa pode voltar mesmo depois de emocionante aposentadoria (Foto: Glenn Dunbar/Williams)
Há ainda o componente do fictício filme “A volta dos que não foram” para colaborar com mais alguns dias da temporada que teima em terminar. Felipe Massa chorou e fez chorar os mais apaixonados pelo esporte com sua despedida no GP do Brasil, diante de sua torcida, em Interlagos. A corrida derradeira, no GP de Abu Dhabi, foi pelo menos até aquele momento a última da carreira de um piloto de 11 vitórias e um vice-campeonato em 14 anos como piloto titular na F1. Ainda assim, mesmo sem ter de provar nada para ninguém, é possível uma volta.
 
O GP apurou que Massa tem nas mãos um novo contrato com a Williams, no valor de R$ 21 milhões. O retorno da aposentadoria precoce seria em razão da abrupta aposentadoria de Rosberg e a consequente saída de Valteri Bottas. Com o canadense Lance Stroll, de 18 anos, já anunciado para substituir o brasileiro, a equipe de Grove precisaria de alguém experiente para comandar o time ao longo da temporada. Mais do que isso, a Martini, principal patrocinadora, não poderia perder dinheiro sem fazer publicidade com um piloto com mais de 25 anos, uma exigência legal em diversos países. Por que então não tirar Massa da aposentaria? O piloto preferiu as férias e ainda não se manifestou oficialmente, exceto por um emoji de dúvida em sua conta nas redes sociais.
 
Diante desse turbilhão, o anúncio da aposentadoria de Jenson Button deixou de ser lá tão surpreendente. O campeão de 2009, que há tempos vinha brigando com uma McLaren longe dos seus melhores tempos, viu a iminência de ser trocado por um piloto mais jovem e com maior aporte financeiro e, inicialmente, anunciou o que próprio chamou de “ano sabático”. 
 
A ideia seria tirar férias em 2017 e, possivelmente, voltar no ano seguinte para a mesma McLaren. A idade, a forma física, o desempenho do piloto substituto… Nada parecia importar. Pouca gente acreditou na história. Não demorou muito e o inglês de 36 anos decidiu mesmo anunciar sua retirada das pistas de F1.
 
Dentro das pistas
 
Se a dança das cadeiras tomou conta dos holofotes ao longo de toda a temporada, há pelo menos um piloto que liderou de ponta a ponta o fator surpresa: Max Verstappen. O holandês de 19 anos de rebeldia, mas enorme talento – tanto assim que precisou de apenas quatro corridas de Toro Rosso no ano para ser promovido para a Red Bull – foi figurinha carimbada na recém-criada votação do Piloto do Dia. Das fechadas por vezes polêmicas às ultrapassagens abusadas, tudo parecia cair no gosto da maioria do público que, em geral, estava carente de mais emoção na principal categoria do automobilismo. Pelo sim, pelo não, Verstappen levou oito vezes o título dos eleitores, em 21 corridas possíveis. 
 
O fenômeno de popularidade Vertappen, algo visto apenas nos primeiros anos de Lewis Hamilton ou Sebastian Vettel, já havia dado mostras ainda nos tempos de Toro Rosso. O menino que ainda não tinha carteira de motorista, mas já guiava um F1 conseguiu dois quarto lugares em 2015 e naturalmente se mostrou como um dos grandes para os próximos anos. Próximos anos, que nada. Helmut Marko e Christian Horner não esperaram outras lambanças de Daniil Kvyat, além do assédio das proponentes Mercedes e Ferrari, para despachar o russo e promover o holandês. E não é que o garoto deu conta do recado. Já no GP da Espanha, Vertappen se aproveitou do enrosco entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton e ainda um pneu furado do agora companheiro Daniel Ricciardo para segurar a primeira vitória e, claro, o carinho do público que acompanha velocidade.
Sergio Perez liderou a Force India ao quarto lugar no Mundial de Construtores (Foto: Beto Issa)
Outro que foi muito bem, obrigado, e ainda levou duas vezes o título de Piloto do Dia, foi Sérgio Perez. O mexicano, hoje com 26 anos, fez sua temporada mais equilibrada na F1 e, como resultado, foi capaz de alcançar o sétimo lugar no Mundial de Pilotos e liderar a sempre promissora Force India na quarta posição entre os Construtores, à frente das poderosas Williams e McLaren.
 
No charmoso GP de Mônaco, Perez saiu da sétima colocação no grid de largada para chegar em terceiro após uma bem sucedida troca de pneus. Mais do que isso, foi preciso nas curvas do principado e aguentou como ninguém a pressão de Sebastian Vettel para chegar ao pódio. Ali, já era possível prever que o ano seria pelo menos diferente para Perez e a equipe. Duas corridas depois, a atuação de Perez salvou o monótono GP de Baku. Checo, que foi impedido de largar na segunda colocação em razão de uma punição por troca de câmbio, recuperou posições logo na primeira volta e coroou a atuação com uma manobra brilhante sobre Kimi Raikkonen que inclusive o apontaram como possível sucessor do mesmo na Ferrari.
 
Quando a dança dos cockpits enfim terminar, a temporada 2017 poderá começar com outros tantos bons candidatos a surpresas. 
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