Dennis admite que pressa causou ruína de McLaren e Honda: “Tentamos avançar rápido, e isso afetou a confiabilidade”

Dirigente máximo da McLaren, Ron Dennis reconheceu que a equipe de Woking e a Honda são diretamente responsáveis pelos problemas que enfrentam. Dirigente avaliou que regulamento atual atrapalha desenvolvimento e pediu mais liberdade

Ron Dennis acredita que McLaren e Honda são diretamente responsáveis pela “dor muito aguda” que sentem atualmente. Na visão do dirigente máximo da escuderia de Woking, o time e a montadora japonesa erraram a mão no reestabelecimento da histórica parceria.
 
Ano passado, às vésperas do GP do Japão, Dennis descreveu o motor Honda como “uma peça de joalheira” e garantiu que “sem dúvida, o motor seria competitivo”.
Ron Dennis reconheceu que a pressa por resultados atrapalhou a McLaren (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Entretanto, não foi isso que aconteceu. Passadas as primeiras 14 etapas da temporada 2015 da F1, a McLaren ocupa a nona colocação no Mundial de Construtores, tendo somado apenas 17 pontos — 11 com Fernando Alonso e seis com Jenson Button.
 
 Depois de mais uma decepção, desta vez no GP do Japão, quando Alonso recebeu a bandeirada em 11º e Button em 16º, ambos uma volta atrás de Lewis Hamilton, o vencedor, Dennis falou sobre a falta de evolução da McLaren.
 
“O tempo em termos de motor é muito controlado por uma mudança na posição das fichas, caixa preta versus caixa branca, o congelamento de componentes específicos”, disse Dennis. “Só quando você tem uma melhora significativa você faz uma mudança no motor com as fichas, e, teoricamente, em um mundo ideal, isso aconteceria a cada quatro corridas”, seguiu.
 
“Nós tentamos avançar mais rápido e isso afetou a confiabilidade, deixou tudo mais desafiador”, opinou. “No fim, essa dor muito aguda que infligimos a nós mesmos em certo nível é a maneira mais rápida de voltarmos para onde precisamos estar”, defendeu.
 
De acordo com o dirigente, as conversas com os representantes da Honda durante o fim de semana em Suzuka foram “extremamente construtivas”.
 
“Não acredito que exista alguma dúvida de que todos os níveis da Honda conhecem o desafio da F1 e sabem exatamente onde estamos no momento”, opinou.  “A forma como você constrói relacionamentos e conquista coisas juntos é por aproximação, não por distanciamento, sendo transparente, compreensivo e trabalhando junto para resolver problemas”, ponderou.
 
Por fim, Ron criticou o atual regulamento da F1 e pediu mais liberdade em determinadas áreas.
 
“A frustração que pessoalmente tenho tem a ver com um regulamento onde virtualmente tudo que foi desenvolvido para reduzir os custos, os fizeram aumentar”, disse. “Principalmente porque o custo da durabilidade representa uma avaliação sem fim no dinamômetro e nas células de teste”, continuou.
 
“Eu gostaria de testar, ter liberdade nos túneis de vento e no CFD”, declarou. “Quando você não é competitivo, você tem de buscar uma saída e, no momento, o regulamento é extremamente restritivo nesta área”, concluiu.
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