Dennis reverencia e coloca Alonso à frente e em papel central na McLaren: “Vamos vencer e dominar novamente a F1”

Em entrevista ao site oficial da F1, Ron Dennis rasgou elogios a Fernando Alonso e o colocou como peça-chave da McLaren na sua retomada rumo ao topo do grid. Ao ser questionado sobre a relação turbulenta que teve com o bicampeão do mundo durante sua primeira passagem pela equipe, em 2007, o dirigente deixou claro que tudo faz parte do passado e que não há ressentimentos

Fernando Alonso é um vencedor, e foi por isso que o contratamos”. Ron Dennis, lendário comandante da McLaren, rasgou elogios ao bicampeão mundial de F1 durante uma entrevista concedida ao site oficial da F1. O britânico deixou claro que considera o espanhol, na sua visão o melhor piloto do grid, a peça-chave nesta fase de reconstrução do time, que agora conta com a Honda como fornecedora de motores. Dennis afirmou também que confia na permanência de Alonso durante todo o seu contrato, com duração até o fim de 2017, e acredita que a união levará novamente a McLaren de volta ao topo da F1.

Neste seu segundo ciclo por Woking, Alonso conta com todo o prestígio por parte de Ron Dennis, que o coloca inclusive acima de Jenson Button ao dizer que todos os esforços da McLaren serão voltados para que Alonso conquiste pelo menos mais um título para fechar sua “brilhante carreira” na F1. Situação bem diferente, por exemplo, do que o asturiano viveu em 2007. Naquela temporada, a McLaren tinha o melhor carro do grid e formava uma dupla explosiva. Fernando vinha de dois títulos mundiais consecutivos conquistados pela Renault e chegou à escuderia para ser o número 1, mas não contava com o ótimo desempenho do então novato Lewis Hamilton, que ignorou o status de primeiro piloto de Alonso e o encarou de frente.

Em um cenário completamente distinto em relação a 2007, Ron Dennis é só elogios a Fernando Alonso (Foto: AP)

A rivalidade entre Alonso e Hamilton foi uma das mais efervescentes da F1 desde o embate entre Ayrton Senna e Alain Prost. No fim daquele campeonato de 2007, os dois pilotos terminaram com a mesma pontuação, mas viram Kimi Räikkönen chegar ao surpreendente título em Interlagos. Ainda em 2007, a McLaren se viu no epicentro de um escândalo de espionagem envolvendo Nigel Stepney e a Ferrari, o que ocasionou na perda de todos os pontos no Mundial de Construtores.

Protegido por Ron Dennis, Hamilton seguiu na equipe até 2012, quando rumou para a Mercedes. Fernando, ao contrário, perdeu a queda de braço com a cúpula do time britânico e voltou para a Renault, onde ficou por dois anos [2008 e 2009] até assinar com a Ferrari por cinco temporadas. De volta à McLaren, Alonso tem todo o prestígio de Dennis para levar o time ao topo da F1.

“Fernando é um vencedor, e foi por isso que nós o contratamos. A McLaren é uma vencedora, como também é a Honda, como é a McLaren-Honda especificamente, e foi por isso que ele se uniu a nós. Quando ele chegou, no começo deste ano, estávamos significativamente fora de ritmo. Ainda estamos fora de ritmo, ainda que estejamos a fazer um bom progresso rumo ao nosso destino final, que é à frente do grid. Fernando sabe disso”, comentou.

“Ele foi bicampeão no passado e se uniu à Ferrari com a ambição de alçar aquele famoso nome à glória de um título mundial, mas a seca de títulos da Ferrari é ainda maior [que a da McLaren]. Fernando venceu corridas com a Ferrari, mas não conseguiu levantar a taça de campeão neste período. Isso é um lamento para ele, como ele admite abertamente. Mas durante este período ele se estabeleceu como o melhor piloto do grid, e quando ele decidiu buscar novos rumos, ele escolheu a McLaren-Honda. Ficamos encantados com isso, pois ele também foi nossa primeira escolha”, declarou o chefão da McLaren.

Sobre a relação turbulenta com Alonso em 2007, Dennis prefere mesmo deixar tudo no passado porque tudo mudou de lá para cá. “As pessoas tendem a falar um monte de asneiras sobre o relacionamento entre McLaren e Alonso. Ok, 2007 foi um ano estressante mesmo vencendo oito corridas e marcando mais pontos que qualquer outra equipe no Mundial naquela temporada. Mas isso faz parte do passado agora. Todos nós mudamos, e por ‘nós’ quero dizer McLaren, Ferrari e também a FIA. E o Fernando que estamos trabalhando hoje é um homem extraordinariamente motivado e inspirado. Ele está mais rápido, competitivo e experiente do que nunca, e ele combina essas características com uma energia contagiante e entusiasmo.”

Embora o momento atual da McLaren seja de reformulação, e os resultados obtidos pela escuderia ainda não sejam dos mais animadores, Dennis confia num retorno à dianteira da F1. E com Alonso à frente do time antes de encerrar sua carreira como piloto. “Vamos vencer e dominar novamente, e vamos fazer isso juntos com Fernando à frente da equipe e em papel central. Vai ser um desfecho maravilhoso para sua brilhante carreira, e todos na McLaren e na Honda estão totalmente dedicados a esta tarefa de trabalhar com ele, com Jenson e como cada um de nós, para ajuda-lo a alcançar isso.”

Por fim, o dirigente foi claro ao dizer que Alonso ficará até o fim de 2017 na equipe. “Ele tem um contrato de três anos diretamente conosco, sem opções. É simples. Isso é o que quisemos oferecer a ele, e foi isso que ele quis assinar. Não posso ser mais claro do que isso, posso?”, encerrou.

FOI HORRÍVEL

Há exatos 21 anos, o acidente fatal de Ayrton Senna na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, chocava o Brasil e o mundo do esporte. O tricampeão do mundo, à época defendendo a Williams #2, morreu no auge quando buscava quebrar os recordes do pentacampeão Juan Manuel Fangio, o então maior dono de títulos da história da F1. Mais de duas décadas depois do momento que marcou — e mudou — a categoria, Bernie Ecclestone, dirigente máximo da F1, falou sobre o tema e relembrou seu carinho e, principalmente, dos fãs do esporte em relação ao piloto brasileiro

UM ANO DEPOIS

A temporada de 2014 foi marcante para a carreira de Rob Smedley. Engenheiro de corrida de Felipe Massa durante boa parte da sua trajetória por Maranello, o britânico foi convidado pela Williams para trabalhar ao lado de Pat Symonds no desenvolvimento do desempenho do time. O engenheiro assumiu o posto de diretor de performance durante o GP do Bahrein. Um ano depois, Smedley fez um balanço positivo do seu trabalho em Grove, destacou o sentimento mais otimista por parte do grupo e assegurou que a meta para 2015 é reposicionar a Williams à frente da Ferrari, hoje segunda força da F1, só atrás da Mercedes

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.