Depois de acidente em Spa, diretor-técnico da McLaren defende introdução de cockpit coberto na F1

Paddy Lowe, diretor-técnico da McLaren, defendeu a adoção de uma cobertura no cockpit para aumentar a segurança na F1. Tema voltou a ser discutido após acidente causado por Romain Grosjean em Spa-Francorchamps

O acidente causado por Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean na largada do GP da Bélgica no último domingo (2) reacendeu a discussão sobre a necessidade da adoção de novas medidas de segurança na F1, principalmente em relação a uma cobertura no cockpit para proteger a cabeça dos pilotos.

Na prova em Spa-Francorchamps, o piloto da Lotus perdeu o controle do E20 após tocar o pneu de Lewis Hamilton e passou por cima da Ferrari de Fernando Alonso. Apesar do susto, o espanhol não se feriu.

O Instituto FIA e chefes técnicos da F1 já começaram a trabalhar no conceito do cockpit coberto, principalmente após o acidente de Felipe Massa em 2009 na Hungria e a morte de Henry Surtees em uma prova da F2, quando o piloto foi atingido na cabeça por um pneu.
 

Acidente com reacendeu debate sobre cockpit coberto na F1 (Foto: Ferrari)


Paddy Lowe, diretor-técnico da McLaren e um dos que trabalham no desenvolvimento deste novo item de segurança, avalia que introdução da medida é inevitável e espera que o item passe a integrar o regulamento a partir de 2014.

“Acho que a intenção é para 2014, já que começamos o projeto um ano atrás”, disse Lowe. “Pessoalmente, acho que é uma coisa inevitável, porque é uma grande exposição que temos”, avaliou.

“Vemos isso vez ou outra e pensamos ‘essa foi por sorte’. Um dia não será”, previu. “Ao mesmo tempo, é uma fórmula com o cockpit aberto, então temos de proteger isso, mas, de um jeito ou de outro, deveria ser tecnicamente possível”, opinou.

Lowe contou que já existe um protótipo sendo testado e agora o trabalho é focado na estrutura dessa proteção. “Fizemos um protótipo e foi testado estruturalmente com vários impactos, como arremessando pneus, e foi bem sucedido”, explicou. “Então entendemos alguns parâmetros em termos de ângulos que são necessários e a força das peças. O trabalho que está em andamento avalia a visibilidade e fizemos alguns trabalhos no simulador com a nossa interpretação”, continuou.

“Idealmente, o piloto não quer nada no caminho, mas do mesmo jeito que você dirige um carro de rua, você apenas se acostuma, não?”, questionou. “Descobrimos que desde que os pilares não sejam muito grandes, é uma coisa com que você pode se acostumar.”

“Então temos alguns parâmetros sobre o tamanho dos pilares e agora estamos trabalhando com o tamanho e a força necessária”, completou.

Stefano Domenicali, chefe da Ferrari, ponderou, no entanto, que este trabalho não deve ser acelerado, já que existem diversas considerações a ser feitas.

“Nós demos sorte porque nada aconteceu com o Fernando na cabeça”, avaliou, se referindo ao acidente em Spa. “Nós estamos trabalhando com a Federação para desenvolver o sistema certo de proteção, porque no que estamos testando e trabalhando, também existem alguns problemas, como mover a proteção em caso de incêndio ou pior. Então temos de ser muito cuidados com esse sistema”, alertou.

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