Di Resta surpreende, aproveita pista seca no fim e lidera primeiro treino agitado em Montreal. Massa é 11º
A Force India abriu o fim de semana do seu 100º GP na frente em Montreal. Paul di Resta liderou o primeiro treino livre do GP do Canadá, que iniciou com pista encharcada, mas secou consideravelmente no fim. Felipe Massa fechou em 11º
Um resultado surpreendente marcou o início do fim de semana do GP do Canadá, sétima etapa da temporada 2013 do Mundial de F1. A sessão, que começou com a pista bastante encharcada, mas que teve o asfalto seco nos minutos finais, foi bastante agitada e teve muita alternância nas primeiras posições. Nos segundos finais, Paul di Resta, já fazendo uso dos pneus médios, assinalou 1min21s020, iniciando de maneira muito positiva o fim de semana do 100º GP da história da Force India na F1.
Di Resta superou Jenson Button por meros 0s088. Romain Grosjean, da Lotus, completou o rol dos três primeiros colocados. Fernando Alonso foi o quarto, seguido por Kimi Räikkönen. Felipe Massa apareceu com mais destaque na sessão apenas na metade final. O único brasileiro do grid da F1 em 2013 fechou a tomada de tempos em 11º.
Saiba como foi o primeiro treino livre do GP do Canadá
O fim de semana do GP do Canadá começou debaixo de uma chuva fina e insistente. Assim, os pilotos não tiveram como testar os pneus-protótipo que a Pirelli planejou levar à pista nesta sexta-feira visando estreá-los em Silverstone. O começo da sessão, que teve como novidade a presença de Alexander Rossi no lugar de Charles Pic no cockpit da Caterham, foi marcado pelo uso de pneus de chuva intensa, principalmente por conta das enormes poças de água ao longo do circuito.
Com temperatura ambiente em 15ºC e 16ºC no asfalto, o treino começou com os pilotos deixando os boxes para a execução de voltas de instalação e reconhecimento da pista. Felipe Massa e Pastor Maldonado, por conta dos acidentes sofridos em Mônaco, há duas semanas, iniciaram o fim de semana em Montreal com novo chassi. Entretanto, por conta das condições complicadas do asfalto na sexta-feira, era possível dizer que o treino foi pouco produtivo, já que a previsão para domingo, dia da corrida, é de tempo bom.
Esteban Gutiérrez, aos 16 minutos de sessão, foi o primeiro piloto a anotar tempo neste primeiro treino livre em Montreal. O mexicano registrou 1min34s113 com pneus para chuva intensa. Por sua vez, Vettel foi o primeiro a deixar os boxes calçando os intermediários (identificados pela cor verde) para verificar a secagem do asfalto. Todavia, o tricampeão do mundo logo retornou aos boxes sem marcar tempo.
Por algum tempo, Gutiérrez foi o único piloto a registrar, de maneira constante, voltas cronometradas em Montreal. Até que Webber colocou a Red Bull #2 na pista e, com pneus intermediários, melhorou consideravelmente o tempo de Esteban e cravou 1min29s412, embora a pista ainda estivesse bastante encharcada. Em seguida, Mark melhorou e anotou 1min27s909.
A boa performance do veterano australiano encorajou outros pilotos, que pouco a pouco deixaram os boxes do circuito Gilles Villeneuve. Finalmente o treino ganhava um pouco de ação na manhã fria e chuvosa da belíssima Montreal. Räikkönen, Nico Hülkenberg, Jean-Éric Vergne, Daniel Ricciardo, Valtteri Bottas, Max Chilton, Lewis Hamilton e Nico Rosberg encararam o asfalto molhado do Canadá e logo seriam seguidos pelos adversários.
Não demorou muito para que o tempo de Webber fosse superado. Räikkönen, em um stint de voltas rápidas, bateu o australiano em 0s575 e assumiu a ponta de maneira provisória. Por outro lado, Bottras, compatriota de Kimi, dava suas escapadas devido ao asfalto traiçoeiro de Montreal.
Mas graças à passagem constante dos carros, a pista ia formando, aos poucos, um trilho seco. Sem chuva naquele momento, Vergne aproveitou para pular na frente da sessão ao marcar 1min26s436. Ótima marca obtida após o treino avançar no seu primeiro terço, mas fatalmente o francês da Toro Rosso seria batido pouco tempo depois. Tanto que Rosberg, invicto durante o fim de semana do GP de Mônaco, superou Jean-Éric em pouco mais de 0s3. Em seguida, outro grande tempo por parte do alemão: 1min24s902 após nove voltas.
Enquanto Jules Bianchi enfrentava problemas com sua Marussia, Massa permanecia nos boxes. Era o único dentre os 22 pilotos da sessão que ainda não havia registrado volta rápida em Montreal. O único brasileiro no grid da F1 não ficou muito tempo na pista, mas conseguiu assinalar o 17º tempo provisório antes de voltar para os boxes.
No momento em que Felipe recolheu para os pits, Webber e Hamilton vinham logo atrás. O australiano, em ritmo mais lento, e Lewis em volta rápida. Para evitar o choque na Red Bull do veterano, o piloto da Mercedes teve de passar em cima da grama molhada e perdeu a chance de melhorar sua marca na sessão. Mas na volta seguinte, o britânico acelerou e cravou o segundo tempo, completando uma momentânea dobradinha da Mercedes.
Restando pouco menos de 40 minutos para o encerramento da sessão, já era possível ver um trilho seco bem maior em boa parte da pista. Os pilotos, contudo, ainda resistiam em usar pneus para pista seca em Montreal. Mesmo com os intermediários, Rosberg melhorou ainda mais sua marca ao cravar 1min23s680. Vettel veio em seguida e tomou o segundo lugar de Hamilton ao assinalar tempo 0s3 mais lento que o de Nico.
Na sequência, finalmente Vettel conseguiu quebrar o domínio da Mercedes de Rosberg. Com 1min23s047, o tricampeão do mundo colocou a Red Bull na frente do primeiro treino livre do GP do Canadá, ainda com pneus intermediários.
Enquanto isso, a Toro Rosso liberava Vergne à pista com os pneus-protótipo médios que a Pirelli sonhava em testar nesta sexta-feira. O francês foi o primeiro piloto da sessão a deixar os boxes com compostos para pista seca. Mas antes de completar uma volta rápida, Jean-Éric retornou aos boxes quando restavam 20 minutos para o fim do treino. Não havia condição para testar os protótipos desenvolvidos pela fornecedora italiana.
Os pneus intermediários seguiam sendo os mais rápidos da sessão. Tão rápidos eram os compostos que Max Chilton fez uma ótima volta com o carro da Marussia e pulou para a sétima colocação. Sétima que virou oitava quando o britânico foi superado por Giedo van der Garde, da não menos nanica Caterham. Lá na frente, contudo, Vettel seguia soberano na ponta. Uma das surpresas era Gutiérrez, em terceiro.
Em contrapartida, a Ferrari decepcionava em Montreal. Tanto Alonso quanto Massa tiveram pouco tempo de pista pela manhã, assim como Pérez, da McLaren. Todos eles deixaram os boxes com os pneus-protótipo, mas a escuderia de Maranello optou por fazer apenas testes aerodinâmicos. Räikkönen e Vettel também foram à pista com pneus para pista seca, mas os habituais médios, uma das escolhas da Pirelli para Montreal ao lado dos supermacios.
No fim da sessão, praticamente todos os pilotos foram para o treino com os pneus médios. Neste stint, Räikkönen se deu bem e conseguiu registrar a segunda melhor marca, ficando só atrás de Vettel. Mas Button foi ainda melhor e superou os dois, assumindo a liderança provisória da sessão ao registrar 1min21s551. O primeiro treino no Canadá ganhou uma ótima dinâmica nos minutos derradeiros. Em seguida, Kimi também melhorou e novamente subiu para segundo, logo atrás de Jenson.
Aí Pastor Maldonado, que estava sumido no treino, apareceu, mas de forma negativa. Em péssima fase, o venezuelano perdeu o controle do seu FW35, rodou e bateu de frente com o muro na saída da curva 3. Praticamente o treino acabou ali, com Button em primeiro, Räikkönen em segundo e Daniel Ricciardo, de maneira surpreendente, em terceiro. Massa melhorou consideravelmente sua colocação e saltou de penúltimo para décimo colocado no Canadá.
Mas ainda faltavam alguns segundos. Logo que o carro de Pastor foi retirado do local, alguns pilotos conseguiram melhorar suas respectivas marcas. E o grande destaque foi Paul di Resta que, no fim de semana do GP de número 100 da Force India, registrou a melhor marca logo nos segundos finais. O escocês assinalou 1min21s020, 0s088 mais rápido que Button, e liderou a primeira sessão livre em Montreal.
F1, GP do Canadá, Montreal, treino livre 1: