Dia de treinos coloca Mercedes e Red Bull em igualdade, mas pneu é fator decisivo

O primeiro dia de treinos do GP de Portugal deixou claro o equilíbrio técnico entre Mercedes e Red Bull e fato de que o campeonato está mesmo entre Lewis Hamilton e Max Verstappen. E o fiel da balança neste fim de semana será o pneu. Quem conseguir tirar um melhor desempenho da dura borracha da Pirelli, vai sair do Algarve vencedor

Lewis Hamilton liderou a sexta-feira de treinos em Portugal: veja os melhores momentos (Vídeo: GRANDE PRÊMIO com Reuters)

O terceiro assalto do duelo entre Lewis Hamilton e Max Verstappen na Fórmula 1 2021 começou escorregadio. O campeonato desembarcou em Portimão e se deparou com uma pista ainda muito verde e exigente. A escolha feita pela Pirelli, que levou a gama mais dura de pneus, também ajudou a colocar um tempero a mais nessa receita. Aliás, os compostos serão fundamentais no fim de semana português do Mundial, que tem os dois principais homens da disputa separados por apenas um ponto no topo da tabela de classificação. Mais uma vez, a briga ficar restrita à Mercedes e Red Bull.

A heptacampeã liderou a sexta-feira (30) de treinos, mas não se engane, não há qualquer vantagem nisso. O cenário segue muito equilibrado com a rival Red Bull, que acompanhou os carros pretos ao longo do dia. Valtteri Bottas se esforçou no fim da primeira sessão e encontrou uma boa volta para pontuar a tabela – Verstappen ficou a somente 0s025 da marca do finlandês. A manhã portuguesa foi marcada pelo frio, o que deixou evidente as dificuldades com o aquecimento correto dos pneus. Nesta sessão, todo mundo preferiu dedicar tempo aos compostos macios e duros. E Hamilton enfrentou problemas com os pneus de identificação vermelha, simplesmente não conseguiu tirar performance deles.

De acordo com a fornecedora italiana de pneus, o composto branco duro é, em Portimão, aproximadamente 0s8 mais lento por volta do que o médio amarelo, enquanto o pneu vermelho macio é 0s4 mais rápido por volta do que o médio. A diferença entre o médio e o duro é ligeiramente menor do que o esperado, enquanto que a diferença entre o macio e o médio está dentro do previsto.

Diante desse cenário, no treino vespertino, o clima esquentou e sob temperaturas na casa de 20ºC, o asfalto também aqueceu a 39ºC, o que melhorou bem a aderência – só que o vento forte acabou por interferir no acerto das equipes. Até por isso, os pneus mais usados foram os médios, que também devem ser aqueles da corrida. Ficou muito claro que Mercedes e Red Bull devem optar por esses compostos no Q2 deste sábado, já traçando os planos para o domingo.

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Lewis Hamilton foi o mais rápido do TL2 do GP de Portugal (Foto: Steve Etherington/Mercedes)

Só que a pista seguiu muito escorregadia e traiçoeira. Tanto é que não foi raro ver pilotos brigando para manter o carro no asfalto. E um dos mais vocais foi mesmo Hamilton. O inglês se queixou demais da opção feita pela Pirelli. “Parece que viemos aqui no ano passado e os pneus eram muito duros e voltamos hoje aqui com praticamente os mesmos pneus ou ainda mais duros. Chegamos com um composto muito duro, na minha opinião, deveria estar na faixa intermediária, mas vamos superar isso”, disse o britânico, que, apesar da melhor volta no TL2, ainda acha que há muito trabalho pela frente.

Lewis não está longe da verdade. A Mercedes enfrenta problemas para aquecer os pneus que a Red Bull. Precisa de mais voltas para atingir a temperatura ideal, e isso ficou claro no mesmo da simulação de classificação. “Acho que todo mundo lutou com o equilíbrio hoje. Portanto, é difícil dizer se é o carro, o vento ou a pista. Definitivamente foi um desafio manter o carro na pista. Não sei como foi a volta de Max. A minha não foi perfeita”, afirmou o dono do carro #44.

De fato, a classificação será uma questão neste sábado, especialmente por conta da borracha mais dura, que exige da temperatura e de um maior tempo de pista. Esse não é caso da Red Bull. Ao menos nas mãos de Verstappen, que alcançou uma boa volta mais rapidamente. Será apertado, no entanto. O RB16B também veio com novidades para Portimão, incluindo os dutos de freios e outros recursos aerodinâmicos.

Max Verstappen terminou TL2 no segundo lugar (Foto: Red Bull Content Pool)

“Lewis lutou mais com a parte traseira e, embora tenha liderado o segundo treino, temos trabalho a fazer para melhorar o equilíbrio para amanhã. Em volta lançada parece muito difícil com a Red Bull, então vamos nos preparar para outra luta acirrada”, explicou Andrew Shovlin, engenheiro de pista da Mercedes.

Agora, se a briga parece bem próxima para o Q3, em corrida, Verstappen se mostrou mais rápido que a Mercedes, principalmente em cima dos compostos médios amarelos. Mas entende-se que os alemães têm um carro consistente com os pneus mais duros. Portanto, o segredo do GP de Portugal está na borracha.

A Fórmula 1 volta a acelerar neste sábado em Portimão. A partir de 8h (de Brasília), os pilotos aceleram para o treino livre 3, também com duração de 60 minutos. E às 11h, os competidores voltam à pista para a classificação que vai definir o grid de largada. O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL todo o fim de semana do GP de Portugal de F1. Siga tudo aqui.

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