Diretor admite que Honda subestimou desafio de retornar à F1: “Não imaginávamos que seria tão difícil”

Yasuhisa Arai, o diretor de competições da Honda na F1, reconheceu que a montadora japonesa subestimou o desafio de retornar ao Mundial na parceria com a McLaren. Ainda assim, o engenheiro se mostrou confiante de que a fabricante vai conseguir dar a volta por cima

A Honda reconheceu que subestimou o desafio de voltar à F1 neste ano, mas se disse confiante de que está resolvendo a contento todas as falhas, após uma primeira parte temporada complicada de desenvolvimento dos motores V6 híbridos. Ainda assim, a montadora japonesa admitiu que o retorno à maior das categorias foi mais complicado do que o esperado e que os tempos de glória do passado ficaram, de fato, no passado.

A fabricante nipônica juntou forças com a McLaren, reeditando a parceria que marcou o fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990. Só que as unidades de energia atuais se mostraram mais complexas, e a Honda sofreu nesta primeira fase de campeonato com todo tipo de problema de confiabilidade. E ficou bem aquém de suas rivais.

Diretor da Honda, Yasuhisa Arai fala sobre os projetos da fornecedora (Foto: Getty Images)

"As expectativas sempre foram muito altas por causa da nossa grande história com a McLaren. A maioria dos fãs tem uma imagem de vitória dessa parceria. E esperavam nos ver competitivos imediatamente. Obviamente, não tem sido esse o caso", afirmou Yasuhisa Arai, o diretor de competições da Honda na F1.

"O esporte mudou muito desde os nossos dias de glória com a McLaren. A tecnologia atual é muito mais sofisticada e é difícil fazer um bom carro de corrida. Sabíamos que não seria fácil, mas talvez não achamos que fosse ser tão difícil também", admitiu.

"Acreditamos que o nosso layout mais compacto do motor vai se revelar competitivo. Nós sabíamos desde o princípio que isso também poderia causar problemas com relação ao calor. Mas agora já sabemos como funciona e, para a segunda metade da temporada, vamos aplicar todas as soluções. Também teremos novas peças, além de mais potência, o que vai certamente aumentar a nossa competitividade", explicou o engenheiro.

"Certamente, eu não imaginava o tipo de conhecimento tecnológico que estávamos lidando, mas tenho confiança na direção que tomamos. Agora, precisamos criar algo radical para superar os times de ponta, e esse é o objetivo final", acrescentou.

Arai ainda falou sobre a pressão por resultados em 2015 e manifestou confiança no modo de trabalho da Honda. "O método de trabalho da Honda é diferente do da F1 e da própria McLaren", afirmou o nipônico. "Claro que tenho uma grande pressão sob os meus ombros, mas isso é completamente normal", emendou.

"Só espero continuar a conduzir este projeto e acredito que os momentos da diretoria da Honda também confiam muito em mim", encerrou.

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