Diretor da Lotus diz que para repetir Brawn equipes estão trabalhando em três carros diferentes

James Allison afirmou que os times da F1 ainda estão desenvolvendo o carro de 2012 ao mesmo tempo em que já trabalham no equipamento para a próxima temporada. Além disso, também estão com o novo regulamento da categoria, que estreia em 2014, em mente

A emocionante temporada 2012 da F1 trouxe um novo desafio para as equipes. Como os times medianos, mesmo faltando apenas quatro etapas, ainda podem ambicionar o ganho de posições no Mundial de Construtores, praticamente todas as escuderias seguem no desenvolvimento dos carros deste ano. Dessa forma, na parte final da temporada os times são obrigados a trabalhar em três carros diferentes: no de 2012, no da próxima temporada e também no de 2014.

“Essa questão sempre aparece no final da temporada”, respondeu o diretor-técnico da Lotus, James Allison, quando questionado se já trabalhava no carro de 2013 . “Em um ano normal, a resposta seria que o foco já está quase todo no novo carro. Mas esse não é um ano normal. Cada equipe do grid está encarando o desafio sem precedentes de trabalhar simultaneamente em três carros”, acrescentou.

Allison explicou que todas as equipes querem repetir o que a Brawn fez em 2009. Naquela época, o regulamento da F1 sofreu mudanças significativas e a equipe inglesa levou vantagem, pois já trabalhava no carro novo há mais de um ano. Por isso, neste momento, os times não só já pensam no desenvolvimento do carro da próxima temporada como também já estão com as novas regras em mente.

Allison afirmou que trabalha em três carros diferentes (Foto: Lotus/LAT)

“Há duas razões principais para isso. Primeiramente, as regras de 2013 praticamente não mudaram e combinadas com o grid tão apertado desse ano, significa que ainda há espaço para desenvolver o carro de 2012 mesmo no final da temporada. Depois, a sombra do regulamento de 2014 demanda nossa atenção”, disse o dirigente.

“Qualquer um que acompanhou o esporte em 2009 vai saber que tantas mudanças no regulamente apresentam oportunidades que podem mudar a ordem das equipes. A revolução do regulamento para 2014 fazem as mudanças de 2009 parecem triviais por comparação”, completou o diretor.

Allison disse, ainda, que por causa disso as equipes precisam escolher quem vai ter a prioridade. “As escolhas precisam ser feitas. São como os três bebês competindo por comida. Você vai colocar recursos no E20 para tirar o máximo possível dele ou o mais prudente é tentar fazer o máximo naquilo que será o último suspiro dessas regras em 2013?”, questionou o diretor.

O engenheiro, no entanto, também afirmou que a melhor opção pode ser já pensar no novo regulamento “Outra alternativa é focar mais no futuro com as regras de 2014, que formam as bases da nova geração dos carros de F1? É um julgamento difícil e um desafio fascinante. No final de 2014, vamos saber quem tomou as decisões corretas”, encerrou.

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