Diretor da McLaren contraria Alonso e adota discurso pés no chão sobre evolução: “Não podemos esperar um grande passo”

O GP do Bahrein, quarta etapa da temporada 2015 do Mundial de F1, representou o melhor resultado para Fernando Alonso no ano. O espanhol cruzou a linha de chegada da corrida realizada no domingo (19), em Sakhir, em 11º. Apesar de se mostrar bastante preocupado com os problemas de confiabilidade no MP4-30 de Jenson Button, que sequer correu no Oriente Médio, o bicampeão mundial exaltou o trabalho da McLaren e demonstrou otimismo ao prever um grande passo a partir do GP da Espanha, a próxima etapa do campeonato, em 10 de maio. No entanto, Éric Boullier, diretor de corridas da equipe britânica, vai na contramão de Alonso ao adotar um discurso pés no chão.

“Qualquer passo em frente seria bom. Não podemos esperar dar um grande passo. Esses dias acabaram. Trata-se de mais um caso de melhorias graduais nesta moderna F1”, afirmou o engenheiro francês em entrevista veiculada pelo site ‘Motorsport.com’.

Diferente do que pensa Alonso, Boullier não acredita em grande evolução da McLaren já para o GP da Espanha (Foto: Getty Images)

No entanto, Boullier entende que, mesmo sem dar um grande passo na evolução do MP4-30, é possível ver sua equipe chegar aos pontos pela primeira vez na temporada. A Honda, fornecedora de motores do time de Woking, deve entregar uma atualiação da sua unidade de força para a etapa de Barcelona, enquanto a própria McLaren trabalha em atualizações pontuais no carro. Por isso, o francês crê que o top-10 é uma meta alcançável.

Alonso, por sua vez, negou que esteja em pânico por ver o time ainda sem condições de lutar por posições de topo e entende que a McLaren já evoluiu de forma significativa desde a primeira corrida do ano, na Austrália, onde o espanhol não correu — em razão da pausa médica decorrente do acidente na pré-temporada, em Barcelona — e foi substituído pelo reserva Kevin Magnussen.

“Estamos todos unidos e comprometidos com este projeto. Ninguém está em pânico com este momento difícil, e entrar em pânico é algo muito fácil quando se trata de uma situação complicada. Eu prevejo que em Barcelona vamos dar nosso primeiro grande passo, e a potência não influi tanto em Mônaco, então creio que também vamos ter uma boa corrida lá. Minha previsão é que as próximas três corridas serão bem interessantes para nós”, disse.

Alonso não quer fazer feio correndo em casa, na prova que abre a fase europeia do Mundial de F1, em 10 de maio. “Prometo aos meus fãs fazer tudo para melhorar o desempenho. Os passos que demos desde Melbourne apontam que estamos no rumo certo. Estamos trabalhando a todo vapor para melhorar a performance para Barcelona. Estou otimista, mesmo ciente de que ainda há muito a ser feito”, falou o piloto da McLaren em entrevista ao site oficial da F1.

A PRIMEIRA DE SENNA

Era um 21 de abril como hoje, em 1985. Um início de tarde com chuva torrencial no Estoril, e a F1 estava prestes a largar para o GP de Portugal. No Brasil, alguma expectativa. Um jovem piloto, apenas em seu segundo ano na F1, primeiro numa equipe que dava a ele mais chances de andar nas posições frontais. E Ayrton Senna passeou para vencer sua primeira corrida. Ali, no que veio a ser o dia da morte do primeiro presidente civil eleito pós-anos de chumbo, Tancredo Neves, o brasileiro começou seu legado.

HAMILTON NA FERRARI?

Lewis Hamilton é capaz de pensar que pode ganhar corridas em qualquer equipe, enquanto a Ferrari analisa a permanência de Kimi Räikkönen. O certo seria todos continuarem onde estão

Uma das vagas mais desejadas na F1 pode abrir ao fim dessa temporada. A Ferrari ainda não chegou a um acordo com Kimi Räikkönen. Com isso, rumores começam a brotar sobre um possível novo companheiro para Sebastian Vettel. Um dos nomes apontados? Hamilton.

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