Diretor da McLaren defende opção pela Honda e garante que “não há um plano B” no caso de eventual fracasso

Diretor de corridas da McLaren, Éric Boullier defendeu a escolha da equipe inglesa pela Honda e garantiu que não há um plano B, caso o vínculo entre as duas parceiras fracasse futuramente. "Cabe a nós garantir um trabalho conjunto. É como um casamento. Às vezes, há algum estresse, mas nós seguimos o mesmo caminho", disse

A McLaren não possui um 'plano B' para o caso de a parceria com a Honda fracassar em longo prazo. De acordo com o diretor de corridas da equipe inglesa, Éric Boullier, a fabricante japonesa está empenhada em permanecer na F1 por muitos anos ainda e que o time de Woking vai fazer o que for preciso para que o vínculo entre as duas empresas seja, de fato, bem-sucedido.

"Nós não temos um plano B", disse o francês em entrevista ao site da revista inglesa 'Autosport'. "Cabe a nós garantir um trabalho conjunto. É como um casamento. Às vezes, há algum estresse, mas nós seguimos o mesmo caminho. A crença vem do fato de que temos um compromisso em longo prazo e as instalações que eles construíram para isso são fascinantes", completou Boullier.

"Você precisa dar tempo a eles para resolvam os problemas, para que obtenham conhecimento e experiência, para que comecem um processo, então, quando tudo estiver pronto, será um sucesso", acrescentou o dirigente.

Éric Boullier é o diretor de corridas da McLaren (Foto: Getty Images)

A Honda decidiu voltar à F1 reeditando a parceria vitoriosa que viveu com a McLaren no passado. Entre 1988 e 1992, foram 80 GPs disputados e com um aproveitamento incrível: 44 vitórias, 91 pódios, 53 poles e oito títulos mundiais. Ayrton Senna foi o grande vencedor durante este período, conquistando nada menos do que 30 das suas 41 vitórias na F1 durante a parceria entre McLaren e Honda.

Só que agora, diante de um regulamento tão complexo no que diz respeito aos motores, a montadora nipônica tem encontrado mais dificuldade para desenvolver e tornar sua unidade de energia competitiva. Os japoneses trabalham no motor V6 híbrido que equipa a McLaren há pelo menos dois anos. Por isso, Boullier acha que é cedo para tecer críticas sobre o desempenho das unidades.

"Se você for comparar com a década de 1980, que é errado para mim, porque a Honda se juntou a McLaren em 1988, quando já estava há cinco anos na F1, mas agora a Honda voltou somente neste ano", explicou o gaulês. "E eles estão trabalhando com um nível enorme de comprometimento, com muitos recursos, mas começaram há dois anos e, claramente, esse não é um prazo suficiente para se tornar competitivo na F1", emendou o francês.

O diretor de corridas ainda defendeu a decisão de mudar a fornecedora de motores. "É sempre fácil analisar depois e não antes", afirmou Éric. "Temos de furar algumas regras básicas, a razão pela qual nós mudamos para a Honda é clara: quando a Mercedes decidiu ter uma equipe própria, você passa a ser cliente. E, assim que você se torna um cliente, sabe que nunca vai se tornar um campeão do mundo. Isso é bem claro", decretou.

"A razão pela qual nós optamos pela Honda é porque tivemos a oportunidade de ocupar o posto de equipe de fábrica da Honda. Você pode questionar o timing, a forma como o vínculo se deu, mas é um compromisso de longo prazo", assegurou.

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