Diretor da McLaren se assusta com insulto de jornalista a Alonso: “Foi desrespeitoso, impróprio e gratuito”

Em praticamente toda sua carreira na F1, Fernando Alonso despertou amor e ódio. Os sentimentos envolvendo o bicampeão do mundo ganharam em intensidade durante sua passagem pela Ferrari, a maior e mais passional equipe da categoria. Durante seus cinco anos em Maranello, Fernando disputou 96 GPs, venceu 11 corridas e, por três vezes, foi vice-campeão. Depois de cumprir seu ciclo pelo time italiano, o asturiano, hoje com 33 anos, voltou à McLaren para ser um dos líderes do novo projeto envolvendo também a Honda. Contudo, Alonso segue despertando amor e ódio, como evidenciou a jornalista da Sky Italia — e torcedora da Ferrari — Paola Saluzzi, que insultou o bicampeão via Twitter. O gesto provocou a indignação de Éric Boullier, diretor da McLaren.

“Alonso recuperou a memória e se lembrou de como é arrogante e invejoso. Pedaço de imbecil”, disparou Saluzzi. Após reação massiva contrária à postura da apresentadora, Paola se desculpou e apagou o tweet. “Ser torcedor da Ferrari exige educação, cometi um equívoco, e isso é tudo. Não trabalho com esportes. Se fosse o caso, jamais faria um comentário desta natureza. Retiro o post e peço desculpas”, declarou. Contudo, a jornalista acabou sendo suspensa pela emissora.

Alvo de insultos por parte de jornalista italiana, Fernando Alonso foi defendido pelo chefe Boullier (Foto: AP)

Boullier não escondeu sua decepção com a atitude de Saluzzi contra Alonso. “Nos assustou e nos decepcionou o tweet da senhora Saluzzi, que foi desrespeitoso, impróprio e gratuito. Sabemos que ela se desculpou, agindo de forma correta, estamos contentes por ela ter apagado o post”, declarou o dirigente em entrevista veiculada pelo jornal espanhol ‘Marca’.

O diretor esportivo da McLaren também reiterou que Alonso está bem e feliz neste novo ciclo em Woking, e satisfeito pela forma como vem se desenvolvendo o novo projeto em conjunto com a Honda. “Ele está à vontade, não sei quantas vezes terei de dizer isso. O pessoal quer criar problemas entre nós, mas não há nada. Ainda que ele tenha guiado para nós há sete anos, a equipe e todos os que agora fazem parte do time são pessoas novas, todos nós vamos crescer juntos”, comentou o engenheiro.

“Posso dizer que estou muito contente com o ambiente dentro da equipe e a maneira como tudo tem funcionado. As coisas melhorarão de forma gradual com o avanço da temporada”, encerrou Boullier.

GP RECOMENDA

A corrida fantástica de 2014, o clima da Mercedes em polvorosa entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton, a tentativa da Williams em alcançar a Ferrari, quem encerra o G4 da F1 e o que a McLaren é capaz de fazer no calor. O GRANDE PRÊMIO traz e explica os cinco principais motivos para que o fã não perca o GP do Bahrein, quarta etapa do campeonato, que acontece no próximo fim de semana no circuito desértico de Sakhir.

A MONARQUIA DA F1

A aproximação da corrida barenita e a figura absolutista de Bernie Ecclestone levantam os olhos para os demais países que compõem o calendário da F1. E justamente com a saída da Alemanha, ainda que momentaneamente, observa-se que a maioria das 19 nações que sediam as corridas tem um rei ou uma rainha como governante. Nada menos do que dez países do atual calendário são governados por monarquias.

CACHIMBO DA PAZ

A Red Bull e a Renault selaram a paz depois de trocarem farpas publicamente mesmo depois de uma corrida em que Daniil Kvyat viu uma explosão de motor à moda antiga e um desempenho muito aquém de Daniel Ricciardo na China. A decisão de lavarem a roupa suja em casa também se deve aos resultados em si. O início de ano da equipe é o pior desde 2007, quando, segundo o sistema de distribuição de pontos atual, marcou um miserável ponto.