Diretor da Mercedes diz que Pirelli "é muito profissional" para beneficiar qualquer equipe do grid

 

Apesar de a Mercedes estar sofrendo bastante com o comportamento dos pneus em ritmo de corrida neste início de temporada, Toto Wolff, diretor-esportivo da montadora, não se encaixa no grupo dos mais ferrenhos críticos da Pirelli. Pelo contrário: o austríaco, de certa forma, defendeu a fabricante italiana e destacou a idoneidade da marca.

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A Pirelli está sendo bastante atacada neste início de ano, principalmente pela Red Bull, uma das equipes insatisfeitas com o alto número de pit-stops da F1 atual. Bernie Ecclestone, o detentor dos direitos comerciais da categoria, foi outro que levou a público seu descontentamento com a baixíssima durabilidade dos compostos.

Como uma resposta aos protestantes, a marca anunciou que levará, para o GP do Canadá, em junho, mudanças na estrutura dos pneus. Wolff acredita que essas alterações não vão mudar os rumos do campeonato.

 

"As regras não permitem grandes mudanças durante a temporada, então, pressionar ou fazer lobby junto à Pirelli não tem propósito. Eu acho que, no fim, a Pirelli não vai mudar tanto os pneus ao ponto de uma equipe levar vantagem ou ser muito prejudicada. A Pirelli é muito profissional para isso. Apenas temos que aprender como lidar com essa situação e esses pneus," declarou o dirigente em entrevista à agência de notícias austríaca 'APA'.

 

Entretanto, Wolff também destacou os aspectos negativos dos P Zero de 2013. Para isso, citou seu colega de Mercedes Niki Lauda, que, nesta semana, afirmou que o vencedor não é mais o piloto mais rápido da disputa.

 

"Isso é F1. Todos olham apenas para si mesmos, o que é normal. Niki Lauda disse que o mais rápido deveria vencer, o que não é jogar a nosso favor, sim, para os fãs", disse.

 

Outro ponto mencionado por Wolff foi o alto número de dechapamentos registrados nas cinco primeiras corridas do ano. "Dechapadas são perigosas, então isso é uma questão de segurança. É a Pirelli quem tem que decidir," concluiu.