Diretor da Mercedes se opõe a eventual parceria com Red Bull e diz: “É um acordo que não se deve fazer”

Toto Wolff entende que a filosofia da Red Bull é muito distinta da Mercedes e criticou o fogo cruzado da equipe taurina com sua atual fornecedora de motores, a Renault. O dirigente austríaco voltou a falar que vai analisar entre os prós e contras de uma eventual parceria antes de bater o martelo

Entre 2010 e 2013, o casamento entre Red Bull e Renault proporcionou nada menos que oito títulos mundiais na F1. Mas a união vencedora começou a ruir em 2014, depois que a categoria adotou os motores turbo V6 de 1,6L. O período marcou justamente o começo da supremacia da Mercedes. Em processo de divórcio, a Red Bull olha com bons olhos para um novo casamento, mas com a Mercedes.

Mas para Toto Wolff, não é bem assim. Se depender do diretor-esportivo da Mercedes, não haverá acordo com a Red Bull para depois de 2016. Uma das razões levantadas pelo dirigente austríaco é a própria filosofia da Red Bull, dando a entender que o tratamento reservado pelos taurinos à Renault não é justo.

Se depender de Toto Wolff, nada de acordo entre Mercedes e Red Bull para fornecimento de motores (Foto: Getty Images)

Na esteira disso, Wolff entende que não seria ideal reforçar uma equipe rival. Em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’, o diretor-esportivo da Mercedes, depois de receber o Troféu Lorenzo Bandini, na Itália, falou sobre a atual situação, mas disse que a montadora vai analisar os prós e contras de uma eventual parceria.

“Se eu julgar isso partindo do ponto de vista da nossa equipe, é um acordo que não se deve fazer”, cravou.

“Nosso carro e nossos êxitos são resultado do trabalho duro e enorme investimento da Daimler. Nós construímos a nossa supremacia, enquanto hoje há uma equipe que está decidindo que não quer ficar com seu parceiro. É uma filosofia diferente da nossa”, afirmou Wolff.

Recentemente, em entrevista ao diário italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, o austríaco também falou sobre a situação. "Porém, se eu sou da Mercedes e falo em nome dos negócios na F1, eu tenho de dizer que existe uma opção atraente aí, porque seria interesse ligar o nome ao uma marca que tem um apelo tão grande entre os jovens", completou Toto. "Mas é claro que, como chefe de equipe, não é realmente ideal fortalecer um concorrente que sabe construir carros vencedores".

“Nada aconteceu, ainda, porque não olhamos muito para os possíveis benefícios do acordo ou os argumentos negativos que isso poderia causar à nossa equipe”, concluiu o dirigente.

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