Diretor da Renault aponta falta de investimento em anos anteriores e diz que fábrica estava quase dez anos defasada

A Renault voltou à F1 como equipe de fábrica em 2016, mas não conseguiu pensar apenas nos projetos para carros, pilotos e pista. Isso porque encontrou uma situação complicada na fábrica em Enstone. Segundo o diretor-esportivo Cyril Abiteboul e o diretor-técnico Nick Chester, quase dez anos de atraso assombravam a fábrica de Enstone naquele momento

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A Renault está indo para seu terceiro ano após reassumir as rédeas da equipe que passou seis anos como Lotus. E o diretor-esportivo da marca francesa, Cyril Abiteboul, agora revela um fator pouco contabilizado dessa retomada: a situação da fábrica de Enstone. De acordo com Abiteboul, a instalação estava quase dez anos atrasada com relação àquelas das rivais.

 
O francês destacou a falta de investimento não apenas nos anos da Lotus, mas também no fim do comando prévio da própria Renault – que durou de 2001 até 2009. Ainda que a equipe tenha vencido GPs até 2008, a organização e disposição de novidades em Enstone não era mais das maiores. Assim, quando a Renault saiu da operação, a fábrica já não era das melhores. Nos anos seguintes, um abismo se formou.
 
"Houve uma clara falta de investimento por parte dos últimos donos – e também no fim da última passagem da Renault. Perdemos oportunidades de modernizar o local. Se você voltar para o período mais ou menos até 2009, estava longe de ser ótimo e ainda houve a queda de investimento em Enstone. Então nós precisamos brincar de pique-pega levando em conta o período desde 2007, 2008, quase dez anos onde a F1 mudou completamente", afirmou em entrevista ao site norte-americano 'Motorsport.com'.
 
"Temos um grande trabalho e estamos, até onde posso ver, alinhados sobre isso. A infraestrutura está melhorando, o pessoal está melhorando, a parte comercial – eu sei que não é súper divertida, mas é importante financiar tudo isso. – também", apontou. "Temos uma campanha muito bem sucedida de procura de novos patrocinadores e eles acreditam no projeto, podem ver a melhora na fábrica e na pista", seguiu.
Cyril Abiteboul (Foto: Bernard Asset/DPPI)
Quando retornou à categoria como equipe de fábrica, retomando o local que foi seu até 2009, a Renault recrutou cerca de 100 pessoas a mais do que tinha trabalhando em Enstone – de pouco mais de 400 para cerca de 500. Até o fim deste ano de 2018, no entanto, a Renault planeja ter 700 empregados.
 
Segundo Nick Chester, diretor-técnico da marca gaulesa, todo essa trabalho foi parte de um processo para otimizar e equilibrar as áreas da fábrica, além de melhorar a comunicação interna entre os campos. 
 
"Você certamente precisa manter atenção em cima disso para ter certeza que os departamentos estejam se comunicando bem. Mas, na realidade, eu tenho que dizer que o crescimento que tivemos desde o fim de 2015 na realidade funcionou muito bem. Não tivemos grandes problemas com os departamentos deixando de se comunicar, pudemos fazer mais", falou.
Nick Chester (Foto: Renault)
"Uma parte era só ter certeza que os níveis dos departamentos fossem equilibrados para a parte de desenhos pudesse saber como estava a aerodinâmica e a produção. Tentar dividir os recursos é difícil, mas dada a quantidade de pessoal que trouxemos tem sido até tranquilo", contou.
 
Questionado sobre se Enstone já está em pé de igualdade com as outras fábricas dos grandes times, foi sincero e disse que não. Mas mostrou forte otimismo de que a resposta vai mudar muito em breve. 
 
"Ainda não, mas estamos adiantados", respondeu. "Muita coisa de construção está indo para os estágios finais e deve terminar até fevereiro; outras coisas de infraestrutura já foram concluídas, então uns 70% já foi", encerrou.
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