Diretor-executivo admite que nome Lotus “desaparecerá da F1” caso venda da equipe para Renault seja concluída

Matthew Carter, diretor-executivo da Lotus, admitiu que caso a Lotus seja de fato vendida para a Renault, o nome da equipe muda imediatamente - mas pode ser capturado por alguém com intenções futuras de entrar na F1. O diretor ainda contou algumas coisas importantes, como a equipe estar desenvolvendo dois chassis diferentes para 2016

O diretor-executivo da Lotus, Matthew Carter, não confirmou que a equipe está vendida para a Renault, mas deixou claro que o negócio está muito perto de ser concretizado e que, quando for, a equipe suspende o nome de Lotus. 
 
Segundo contou Carter, a licença que o time possui para usar o nome Lotus cairia por terra assim que a Renault entrasse com seu próprio nome e dinheiro para regressar com a marca francesa ao grid. O que não é de todo ruim, já que coloca o nome de volta nas prateleiras ao alcance de outras pessoas e empresas com interesses futuros na F1.
 
"Se o acordo com a Renault passar, sim. O time não será mais Lotus – e então o nome vai desaparecer da F1. Agora nós temos a licença para usar o nome Lotus – e essa licença será encerradda. Então alguém mais pode ir atrás do nome", afirmou.
 
Carter revelou que a equipe está fazendo dois chassis diferentes para 2016 – um para o acordo com a Renault sair e outro para o caso de não sair e a equipe continuar recebendo unidades de força da Mercedes. Ainda que essa probabilidade seja pequena, até porque a marca alemã já passou a vaga de cliente da equipe de Enstone para a Manor.
Matthew Carter (Foto: Reprodução/Youtube)
"Mas é uma opção improvável que entremos na temporada 2016 com o motor Mercedes. Se disséssemos 'sim', significaria que o acordo com a Renault caiu por terra. Mas meu palpite forte é que teremos motores Renault no ano que vem", seguiu.
 
"Temos dois chassis sendo projetados para o ano que vem. Ou vamos de Mercedes ou Renault. Estamos avançando nessa rota. Temos dois projetos de carro para o ano que vem e estamos avançando com as duas opções", contou.
 
O diretor aproveitou para elogiar o time, que trabalhou sob condições realmente difíceis em 2015, chegando a ficar bloqueada em Spa-Francorchamps após o GP da Bélgica. A despeito de dificuldades que serão vividas ano que vem caso a Renault não feche o acordo, a Lotus já se prepara para 2017.
 
"O time que temos em Enstone é brilhante. Eles trabalharam em com uma receita muito pequena esse ano e ainda conseguiram um pódio", elogiou.
 
"Estamos tentando fazer o carro em casa. Construímos nossa caixa de câmbio, nossa suspensão traseira também. Um time como a Force India usa o motor Mercedes e o câmbio, e a suspensão traseira. Nós construímos tudo isso nós mesmos, então ir do motor Renault para o Mercedes foi um grande passo", lembrou. 
A Lotus agradeceu Bernie Ecclestone pela ajuda no almoço do time em Suzuka: retrato de tempos difíceis (Foto: Lotus/Twitter)
"Mas fizemos e fomos relativamente bem sucedidos nessa temporada. Fazer o trabalho de trás para frente, na direção contrária: sim, já fizemos, e, sim, podemos fazer de novo. Vai ser apertado por causa do tempo, mas acho que vai tudo ficar bem para o primeiro teste", disse.
 
"Eu concordo que o próximo ano vai ser difícil acertar a nova estrutura do time. Em 2017, veremos grandes mudanças. Já estamos projetando um carro para 2017. Então acho que seremos bem sucedidos", encerrou.
 
Os retornos prováveis ao time, segundo o jornalista inglês James Allen em seu blog, são o de Bob Bell, ex-chefe da Renault, para ser o diretor-técnico, além de Frederic Vasseur, que deverá ser o chefe ao lado de Bell.
 
Os pilotos do time para 2016 já estão confirmados: Pastor Maldonado e Jolyon Palmer, que substitui Romain Grosjean, de malas prontas para a Haas.
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