Diretor revela que F1 criou “primeiro simulador de ultrapassagens do mundo” para construir novas pistas

Pat Symonds, ex-diretor-técnico de Benetton, Renault e Williams, é o atual diretor do Grupo de Desempenho de Veículos, criado pela F1 para melhorar corridas. Segundo o veterano engenheiro inglês, as novas pistas do Mundial, como a de Hanói, vão usar simulação virtual para evitar traçados sem pontos de ultrapassagem

O rei está morto, saúdem o novo rei. Há uma nova forma de desenvolver circuitos para a F1, segundo Pat Symonds, diretor do Grupo de Desempenho de Veículos, grupo de trabalho designado pelo Liberty Media. O formato consiste numa simulação virtual em vista de criar pistas com mais pontos de ultrapassagens. 
 
Symonds, ex-diretor-técnico de Benetton, Renault e Williams – além de um dos protagonistas do infame 'Crashgate' -, afirmou que a utilização de simulação virtual para influenciar o desenvolvimento e o desenho de novos circuitos está ganhando força.
 
Com a nova tecnologia, a intenção é evitar que novas pistas seja tão fechadas na questão de ultrapassagem, como é o caso do traçado de rua de Yas Marina.  
(Foto: Marussia)

"Nós criamos o que eu acho que seja a primeira simulação de ultrapassagem do mundo. É extremamente complexo de fazer, leva várias horas para completar apenas uma volta", afirmou à revista inglesa 'Autosport'.

 
"É uma simulação muito, muito complexa, mas tem uma versão esteira apropriada ao modelo dos carros, uma que avalia a superfície e as características dos pneus para resolver toda essa questão. Agora estamos usando isso para projetar nossos novos circuitos e analisar algumas mudanças", seguiu.
 
Para o traçado de Hanói, que vai receber o GP do Vietnã a partir de 2020, a tecnologia já está sendo utilizada.
 
"O do Vietnã, que é o primeiro circuito com o qual realmente nos envolvemos, acho que conseguimos entender bem o que faria as corridas de lá serem melhores. Acredito que o Vietnã vai ter um circuito incrível. Tem ótimos trechos e vai ter corridas com boas disputas", opinou. 
 
Symonds também foi questionado sobre a opinião de Lucas Di Grassi, que novos circuitos precisam desenvolver mais possibilidades de se contornar a mesma curva em vez de apenas a maneira convencional. 
 
"O que Lucas disse está correto. Há muitos aspectos disso, mas novamente eu enfatizo que é necessário ter ciência por trás disso, é preciso ter evidências. Escutei muitas teorias sobre como fazer os carros ultrapassarem – uma popular é que a aderência mecânica é fundamental. A evidência, na verdade, é que na chuva, com menos aderência, as corridas são melhores", lembrou.
 
"Agora, sim, estamos colocando ciência nisso", encerrou. 

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