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Lewis Hamilton e Nico Rosberg oferecem à F1 um cenário semelhante à rivalidade explosiva protagonizada por Ayrton Senna e Alain Prost no fim dos anos 80 e começo da década de 1990. Esta é a análise que faz Paddy Lowe, diretor-técnico da Mercedes. O engenheiro britânico, que teve a chance de ver a evolução da própria equipe sob a liderança dos pilotos na pista, acredita que é salutar para a Mercedes e para a própria categoria ver uma disputa interna. Lowe também ressaltou o crescimento de Rosberg no fim da temporada e acredita que isso possa se refletir em seu favor para o ano que vem.
“É muito importante para a equipe ter dois pilotos fortes, dois pilotos totalmente motivados”, afirmou o britânico durante entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’ no último domingo (15), em Interlagos.
Nico Rosberg e Lewis Hamilton são como Ayrton Senna e Alain Prost para Paddy Lowe (Foto: Getty Images)
“Isso inclui a fé de que se pode vencer, não apenas corridas, mas também campeonatos. Temos muito talento nesta equipe que não posso me lembrar de nada igual desde Senna e Prost com a McLaren”, recordou. “Isso é fantástico para as corridas e, ainda que o nosso esporte seja criticado por nosso domínio, para chegar a isso cada um deve procurar também uma disputa interna.”
“E acredito que nós estamos permitindo isso e acredito que temos dois pilotos que são capazes de entregar bons resultados, porque cada um pode ser ainda mais forte do que o outro em pistas distintas. De modo que isso é perfeito”, avaliou Lowe.
Questionado sobre a excelente forma recente demonstrada por Rosberg que contrasta com a queda de rendimento do já tricampeão Lewis, o diretor-técnico da Mercedes ficou sem respostas. “Provavelmente, não há ninguém mais frustrado por isso do que Lewis Hamilton. Alguém me perguntou se Lewis perdeu um pouco da motivação, agora que ele é campeão. Mas creio que não. Acho que Lewis só foca em uma corrida de cada vez”, disse.
“Lewis se irrita mais do que ninguém quando perde. Ele mantém o humor, mas, no fundo, ele vai pensar: ‘Que merda’”, finalizou o engenheiro da Mercedes.
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