Diretor-técnico da Williams revela que F1 já definiu novo pacote aerodinâmico com base em muitas sugestões da Red Bull

Diretor-técnico da Williams, Pat Symonds revelou que a F1 já definiu o pacote aerodinâmico que será utilizado a partir de 2017. O dirigente agora espera a aprovação oficial do Conselho Mundial.

 

Em busca da competitividade perdida, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) trabalha junto com os times para encontrar uma maneira de tornar os carros mais rápidos.

Em Abu Dhabi para a corrida deste fim de semana, Symonds explicou que os times encontraram um caminho por meio de uma revisão no Artigo 3 do Regulamento Técnico da F1, que define padrões de dimensões e carroceria.

 

“Tem um conjunto de regulamentos, um rascunho do Artigo 3”, contou Symonds. “Em grande parte, o trabalho da Williams é reunir o texto, embora a discussão tenha sido muito grande”, continuou.

 

 “Este rascunho vai para as equipes na próxima semana, mas é, essencialmente, tudo que foi acordado reunido em um documento”, explicou. “Ele define completamente o regulamento aerodinâmico. Em si, não define o tamanho do pneu, mas nós todos concordamos no tamanho do pneu, e o regulamento é feito com base nesse tamanho, pois, apesar de o Artigo 3 não se referir ao tamanho dos pneus, obviamente, várias larguras de asas e carrocerias estão ligadas a isso”, relatou.

 

“Acredito que nós agora definimos completamente um conjunto de regras referentes à carroceria. Acredito que temos um acordo com a Pirelli sobre o tamanho dos pneus”, contou. “Têm algumas opiniões diferentes sobre qual será a performance do pacote, assim como havia em 2008, mas estamos em uma posição de seguir em frente”, ponderou.

 

Além disso, o dirigente da Williams disse acreditar que o Grupo Estratégia esteja satisfeito com a direção encontrada e espera que o acordo seja ratificado até março.

“Pelo que eu sei, o Grupo de Estratégia está feliz, a Comissão da F1, acredito, está feliz. As regras precisam ser ratificadas antes de março, e tem tempo para isso. Nós estamos muito bem — fizemos o que nos pediram para fazer”, sublinhou. “A maioria das sugestões foram retiradas da proposta da Red Bull. Terminou com um difusor maior, uma asa dianteira substancial e um estilo, acredito, bastante atraente”, revelou.

 

“É um pouco retrô, mas o objetivo do Grupo de Estratégia era tornar os carros mais rápidos e tornar o design melhor. Acho que fizemos essas duas coisas”, opinou. “Não cabe a mim dizer se fizemos a coisas certa ou não, mas os membros do Grupo de Regulamento Técnico fizeram o que foi pedido”, continuou.

 

 Ainda de acordo com Symonds, o pacote é flexível e pode ser ajustado para atingir velocidades ainda maiores.

 

“Para ser honesto, nós temos uma plataforma aerodinâmica bastante aberta. Não vai ser difícil adicionar performance à ela”, ressaltou. “De fato, suspeito que vamos colocar um pouco mais do que o pedido, mas, no momento, a estimativa da Pirelli de aumentar a aderência do pneu é bem baixa, então precisamos pressionar do lado da aerodinâmica”, explicou.

 

Apesar da animação com o novo pacote aerodinâmico, Symonds reconheceu que ainda é preciso abordar a dificuldade que os pilotos têm em seguir o carro da frente em pistas com muito downforce. A questão voltou aos holofotes no GP do Brasil, quando Lewis Hamilton relatou pelo rádio que era muito difícil seguir Nico Rosberg.

 

“Minha crença é que quanto mais downforce você tem no carro, mais difícil é seguir. E este carro tem mais downforce”, reconheceu. “Por isso, independente de qualquer coisa que possa vir do Grupo de Trabalho de Ultrapassagens, e independente se acreditam nisso ou não — e, como membro do grupo, sei quais são os atalhos que pegamos contra o verdadeiro processo científico — o fato é que se você tem mais downforce, é difícil seguir. Acho que este é um ponto de vista simplista, mas bastante verdadeiro”, encerrou.

 

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