Dono da Lotus garante saúde financeira do time e ressalta investimentos na fábrica de Enstone

Fundador do grupo Genii e dono da Lotus, Gerard Lopez veio a público para garantir que a situação financeira do time é estável. Foi veiculado no início da semana que a equipe de Enstone possui uma dívida de R$ 350 milhões, tem atrasado salários, o desenvolvimento de novas peças e viu até mesmo uma ameaça de greve dos funcionários.

Tudo isso foi negado por Lopez. Em entrevista ao site da revista inglesa ‘Autosport’, o luxemburguês minimizou o valor do débito do time. De acordo com ele, ¾ do valor revelado pelo site alemão ‘Motorsport-total’ corresponde a empréstimos de acionistas.

“Sobre a dívida de R$ 350 milhões, qualquer um meio esperto pode descobrir que, deste número, olhando para os arquivos, mais de R$ 270 milhões não é ‘real’, mas empréstimos feitos por acionistas para a companhia”, declarou.

Além disso, “os salários sempre foram pagos na data e nunca houve nem uma pista de uma possível greve dos nossos funcionários na fábrica”, asseverou. “Normalmente não comentamos essas coisas, mas, neste caso, é injusto com as pessoas que trabalham na empresa dizer coisas do tipo”, completou.

Gerard Lopez, à direita de Éric Boullier, negou que a Lotus viva uma crise financeira(Foto: Lotus/ Andrew Ferraro/ LAT Photographic)

O time está na quarta posição no Mundial de Construtores de 2013 e tem Kimi Räikkönen na vice-liderança do Mundial de Pilotos. Lopez usou esses resultados para ressaltar o quanto o time cresceu desde que passou a ser comandado pelo Genii e os investimentos que foram feitos na fábrica de Enstone.

“Quando assumimos este time, ele estava na oitava posição do campeonato. Tinha um túnel de vento de 50%, agora é de 60%. Não tinha um piloto no simulador, agora tem. Não tinha um dinamômetro para a caixa de câmbio, agora tem. Então são muitas coisas que não tinha mesmo sendo um time de uma montadora”, argumentou.

Lopez ainda falou que a Lotus terá, nas próximas corridas, novidades no E21, como um novo sistema de DRS duplo, além de outros itens. “Nas dez últimas corridas, tudo o que você faz é trazer novos aerofólios, você não vai procurar mudar muito o entre eixos ou coisas assim – isso você faz nas 10 primeiras corridas”, explicou.

A próxima etapa do Mundial de F1 está marcada para o dia 25 de agosto e será disputada no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica.