Ecclestone diz que F1 não precisa do Pacto da Concórdia para sobreviver: "Não é realmente necessário"

Bernie Ecclestone afirmou que a F1 pode sobreviver mesmo sem ter fechado o Pacto da Concórdia e que, no momento, o grande impasse para a assinatura do famoso acordo está nas discussões quanto aos regulamentos técnicos do Mundial para os próximos anos

Bernie Ecclestone afirmou que a F1 pode sobreviver sem o contrato que tem sido o centro do esporte há mais de 30 anos e que reúne todas as equipes do grid. O famoso acordo, o chamado Pacto da Concórdia, é assinado por todos os representantes dos times, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a FOM, a empresa presidida por Ecclestone e que detém os direitos comerciais da F1.

O contrato está em vigor desde 1981, mas expirou no final de 2012. O documento rege, entre os outros assuntos, a divisão dos lucros e dos prêmios em dinheiro entre as escuderias. O dirigente de 82 anos passou boa parte da temporada passada tentando chegar a um consenso entre os times para formalizar o acordo que terá validade até 2020, mas nada foi assinado ainda.

Ecclestone afirma que já encontrou um consenso entre as equipes sobre Pacto da Concórida (Foto: Red Bull/Getty Images)

"Nós não precisamos de um acordo assinado", disse o inglês. "Não importa muito para se temos ou não um Pacto da Concórdia", completou. Com as equipes já preparadas para a pré-temporada do Mundial que inicia em março, Bernie se mostrou confiante de que, apesar de não ter conseguido a assinatura de todos, a situação não vai interferir no andamento do campeonato.

O britânico ainda revelou que as equipes já chegaram a entendimento financeiro, que existem contratos separados para cada um dos 11 times do grid e que todos se comprometeram a permanecer no Mundial pelos próximos oito anos. Ecclestone, entretanto, acrescentou que, no momento, o ponto de discussão do contrato envolve a FIA, principalmente por conta dos novos regulamentos. Isso porque as equipes exigem certa estabilidade das regras.

"O Pacto da Concórdia é formado de duas partes. Nós já lidamos com a parte financeira entre as equipes. Está tudo pronto, mas agora existe o ponto com relação às mudanças constantes nos regulamentos. Agora é um caso de como lidar com as regras", declarou.

O acordo valida também os regulamentos da F1, por isso as equipes acabam tendo menos poder de decisão se não houver um contrato. No próximo ano, o Mundial vai passar por uma série de grandes alterações técnicas, como a adoção do motor 1.6 l V6 turbo. "O que afeta as equipes, mais do qualquer outra coisa, são os regulamentos técnicos. As regras podem até tirá-las do campeonato", concluiu.

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