Em baixa, Force India espera “mágica” e busca inspiração em pódio de Pérez no Bahrein para reagir na temporada

O GP do Bahrein de 2014 foi marcante para a Force India. Pela segunda vez em sua história, a equipe baseada em Silverstone foi ao pódio. Quase cinco anos depois de Giancarlo Fisichella flertar com a vitória e cruzar a linha de chegada do GP da Bélgica de 2009 em segundo lugar, o time chefiado por Vijay Mallya terminou no top-3 com Sergio Pérez em Sakhir, após belíssimas disputas em pista. O cenário atual da Force India, no entanto, não sugere outra atuação de gala como a do ano passado. A não ser que Pérez e Nico Hülkenberg busquem inspiração no resultado de 2014 e façam mágica, como espera o dirigente indiano.

“As lembranças do GP do Bahrein do ano passado ainda estão vivas em nossas mentes: foi muito emocionante ver nossa equipe no pódio. Sergio e Nico correram de forma admirável, e espero que isso os estimule a fazer alguma mágica mais uma vez. Tradicionalmente, o Bahrein é um circuito que se adapta ao nosso carro, ainda que as comparações ano após ano não representem a maneira mais confiável para estabelecer previsões na F1”, disse Mallya.

Chefe da Force India crê que apenas mágica pode fazer equipe repetir bom resultado de 2014 no Bahrein (Foto: Force India)

A Force India anda em baixa nesta temporada. A equipe pontuou pela única vez em 2015 no GP da Austrália, que contou com um raquítico grid. Hülkenberg foi o oitavo, enquanto Pérez finalizou em décimo. A dupla ficou fora da zona de pontuação nas corridas seguintes, na Malásia e China.

Depois de uma fase complicada, mesmo contando com a unidade de força da Mercedes, a Force India tem como maior objetivo reagir na temporada para estar em pé de igualdade com as outras equipes do meio do pelotão. Porém, a esperança maior de Mallya é que as atualizações que serão inseridas no VJM08 no início da fase europeia do Mundial resultem em um verdadeiro ganho de qualidade e performance da equipe em pista.

“Como estamos chegando ao final desta primeira parte da temporada, é um bom momento para refletir sobre o início da nossa campanha e os próximos passos em frente. Acho que é justo dizer que ainda não estamos onde queremos estar, mas estamos conscientes do esforço de todos dentro da equipe estão fazendo para colocar tudo em ordem. O trabalho continua, e vamos seguir com atualizações e um pacote significativo para a temporada europeia”, declarou o dirigente.

Realista, Mallya prefere não falar em resultados, mas diz que a principal meta para a Force India no fim de semana é seguir evoluindo. “Ao passo em que nos aproximamos desta última corrida da primeira parte da temporada, esperamos seguir reduzindo a vantagem para as equipes à nossa frente. Em termos de volta lançada e ritmo de corrida, estamos com cada vez mais desempenho com nosso carro e esperamos que esta tendência continue nesta semana”, concluiu.

GP RECOMENDA

A corrida fantástica de 2014, o clima da Mercedes em polvorosa entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton, a tentativa da Williams em alcançar a Ferrari, quem encerra o G4 da F1 e o que a McLaren é capaz de fazer no calor. O GRANDE PRÊMIO traz e explica os cinco principais motivos para que o fã não perca o GP do Bahrein, quarta etapa do campeonato, que acontece no próximo fim de semana no circuito desértico de Sakhir.

A MONARQUIA DA F1

A aproximação da corrida barenita e a figura absolutista de Bernie Ecclestone levantam os olhos para os demais países que compõem o calendário da F1. E justamente com a saída da Alemanha, ainda que momentaneamente, observa-se que a maioria das 19 nações que sediam as corridas tem um rei ou uma rainha como governante. Nada menos do que dez países do atual calendário são governados por monarquias.

CACHIMBO DA PAZ

A Red Bull e a Renault selaram a paz depois de trocarem farpas publicamente mesmo depois de uma corrida em que Daniil Kvyat viu uma explosão de motor à moda antiga e um desempenho muito aquém de Daniel Ricciardo na China. A decisão de lavarem a roupa suja em casa também se deve aos resultados em si. O início de ano da equipe é o pior desde 2007, quando, segundo o sistema de distribuição de pontos atual, marcou um miserável ponto.