Engenheiro histórico da Ferrari, Mauro Forghieri morre aos 87 anos
Ícone histórico e lenda da Ferrari, projetista italiano Mauro Forghieri morreu aos 87 anos, de causas não divulgadas, após carreira recheada de conquistas na Fórmula 1
Mauro Forghieri, projetista que se tornou um símbolo da Ferrari por sua contribuição em diversos títulos mundiais da equipe, morreu nesta quarta-feira (2), aos 87 anos. O engenheiro trabalhou no time italiano por mais de 20 anos, de 1962 a 1984, e ajudou a Scuderia a alcançar quatro Mundiais de Pilotos e sete de Construtores no período. A causa da morte não foi revelada.
Forghieri chegou à Ferrari no início da década de 1960, ainda como um aprendiz, e rapidamente causou boa impressão. Com a saída do projetista-chefe Carlo Chiti no ano seguinte, Mauro foi alçado ao cargo por ordem do próprio Enzo Ferrari, fundador da equipe.
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A partir daí, o engenheiro italiano fez parte da construção de alguns dos títulos mais icônicos da história da Ferrari na Fórmula 1. Participou das conquistas de John Surtees [1964], Niki Lauda [1975 e 1977] e Jody Scheckter [1979]. Além disso, levou o time de Maranello à conquista de Equipes em 1964, 1975, 1976, 1977, 1979, 1982 e 1983, com 54 vitórias em seu currículo.
A contribuição de Forghieri à Ferrari na Fórmula 1 durou até 1984, quando o projetista passou a se debruçar na concepção do modelo protótipo 408 4RM. Esta foi sua última obra pela equipe italiana, e Mauro optou por deixar a escuderia em 1987. Dois anos depois, estaria de volta à F1.
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No entanto, o papel do engenheiro seria diferente em sua segunda passagem. Forghieri voltou à principal categoria do automobilismo pela Lamborghini, com o objetivo de trabalhar no motor V12 da equipe. A unidade de potência correu na categoria em 1989 — fez um ponto, no carro da Lola — e 1990 — com 14 pontos, 11 pela Lola e três pela Lotus.
Sempre atento ao que acontecia na Fórmula 1, Forghieri era um grande crítico da asa móvel. Na opinião do italiano, os carros deveriam ser construídos de modo que os pilotos tivessem mais oportunidades de ultrapassagem.
“Eu não gosto da aerodinâmica dos carros atuais”, disse. “Não entendo porque não é reduzida para permitir ultrapassagens normais, sem o DRS. Agora, se um oponente está menos de 1s atrás, você pode apenas observar enquanto ele te passa — e isso não é certo”, afirmou.
“Um campeão mundial precisa estar em uma posição de ultrapassar seu oponente sem ajuda”, salientou. “Ou então, no meu ponto de vista, ele não é um campeão mundial”, encerrou.
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