Ex-chefe lembra caos financeiro e diz que sofreu para “manter luzes acesas” na Williams
Claire Williams, que chefiou a equipe na prática entre 2013 e 2020, recordou o ápice do drama financeiro que a Williams atingiu até venda para donos atuais
Desde que a equipe foi vendida da família Williams para o Grupo Dorilton Capital, em 2020, a Williams deixou de viver às voltas com a crise financeira. Atualmente, fala em renovar grande parte da infraestrutura, impedida apenas pelo teto orçamentário imposto pela FIA [Federação Internacional de Automobilismo]. Mas a situação era muito diferente há pouco tempo. Nos meses anteriores à venda, manter as portas abertas, da maneira que fosse, tornou-se um desafio.
Claire Williams, que foi chefe da equipe entre os anos de 2013 e 2020, contou que nos meses finais de 2019 e começo de 2020, o caos financeiro aumentou muito após os desentendimentos com a então patrocinadora Rokit. Aí, manter a equipe existindo passou a ser a meta.
“Foi provavelmente no fim de 2019 em que estávamos com problemas com nosso patrocinador-máster os pagamentos”, recordou em entrevista ao portal inglês PlanetF1.
“Naquele momento, quando não recebemos pagamentos no primeiro quarto de 2020, que eu pensava ‘Meu Deus, não temos esse dinheiro, como é que vamos manter as luzes acesas?”, contou.
“Estava apertado exatamente assim. Acho que muita gente não imaginava naquele momento o quão difícil estava nos bastidores da Williams só para manter as luzes acesas”, finalizou.
A briga entre Williams e Rokit chegou aos tribunais, e a equipe ganhou um processo posterior que condenava a antiga patrocinadora a pagar o equivalente a R$ 173 milhões pelo calote. Depois disso, a Rokit manifestou intenção de continuar a briga e entrar com processo na Justiça dos Estados Unidos, no estado da Califórnia.
Embora chefe na prática, Claire Williams ocupava oficialmente o cargo de chefe-adjunta, com o fundador da equipe e pai dela, Frank Williams, continuando com o título de chefe. A partir de 2012, entretanto, parou de frequentar as corridas e diminuiu o ritmo no dia a dia da fábrica por questões de saúde. Frank morreu em novembro de 2021, aos 79 anos.
A Fórmula 1 faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.
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