Ex-diretor critica contratação de Räikkönen pela Ferrari e diz que Alonso crescerá: “Ele está feliz”

Cesare Fiorio comandou a Ferrari entre 1989 e 1991, quando o time contou com Nigel Mansell e Alain Prost, e não concorda com a recontratação do finlandês Kimi Räikkönen

Kimi Räikkönen é a grande aposta da Ferrari para conquistar o título do Mundial de Construtores em 2014. Mas esse não é o caminho que um ex-diretor da equipe de Maranello seguiria para encerrar o jejum de títulos. Comandante da escuderia entre 1989 e 1991, Cesare Fiorio declarou não gostar do estilo do finlandês. Na opinião dele, seria melhor que a escolha fosse por um jovem promissor.

“Eu não sou fã da nova contratação”, disparou Fiorio em entrevista ao periódico ‘La Gazzetta dello Sport’.

Fiorio argumenta que a frieza e a pouca sociabilidade de Räikkönen com os mecânicos e engenheiros, aliados ao fato de que ele não se comporta como um atleta e está entrando na fase final da carreira, mostram que o campeão de 2007 não é o piloto ideal para o momento da Ferrari.

Kimi Räikkönen disputou três temporadas pela Ferrari, entre 2007 e 2009 (Foto: Ferrari)

“Admiro o talento dele, mas eu não concordo com o estilo de vida e a aproximação técnica dele. Eu não o teria escolhido. Em minha opinião, é uma escolha conservadora. Eu teria escolhido um piloto emergente em vez de um que está em fim de carreira”, declarou.

“Ele sequer vive como um atleta e, para ser campeão na F1, talento não basta. Você precisa de um esforço físico, técnico e psicológico e, pelo o que eu pude ver, ele é o tipo de cara que pega a mala e vai embora assim que a sessão acaba. Não sei com quanto ele pode contribuir no lado técnico”, criticou Fiorio.

Tudo esse conjunto de fatores enumerados pelo italiano dão a ele uma certeza: Fernando Alonso vai gostar de seu novo companheiro de equipe.

“Por que ele deveria [sofrer com a presença de Kimi]? Alonso está feliz: seu valor vai crescer por batê-lo”, assegurou.

“Eu não espero que problemas aconteçam. Em todo caso, a nova dupla vai ser a mais forte de 2014: a da Mercedes fica perto, mas [Nico] Rosberg é muito inconstante. Faz coisas excepcionais e desaparece. Kimi, por outro lado, é ótimo nas corridas, um lutador, ainda que não seja um ás nas qualificações”, completou.

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