Ex-empresário de Schumacher opina sobre fracasso na Mercedes: faltou “setup especial”

Willi Weber, que foi o empresário de Michael Schumacher até o fim de 2012, lamentou que o heptacampeão tenha voltado à F1 após os anos de aposentadoria. Segundo ele, os carros eram muito diferentes

Grande Prêmio
Redação GP 24/04/2020    06:30    3min    Fórmula 1
Michael Schumacher deveria ter regressado ao Mundial de Fórmula 1 em 2010, encerrando a aposentadoria para fechar com a Mercedes? É uma discussão das mais populares da F1 na última década, especialmente porque a fábrica alemã não tinha um carro dominante e, assim, o heptacampeão não conseguiu vencer durante três temporadas. De acordo com o ex-empresário de Schumacher, Willi Weber, romper a aposentadoria foi um erro. 
 
A declaração veio como eco após John Barnard, ex-projetista de McLaren, Ferrari e Benetton, afirmar que Schumacher precisava de uma configuração específica de carro para ter sucesso: com uma dianteira precisa e a traseira mais solta. Weber concordou. Para ele, os carros eram muito diferentes no momento do retorno em relação àqueles de alguns anos antes.
 
A decisão correta, para Weber, era simples: ouvi-lo.
Schumacher e Hamilton, seu substituto na Mercedes (Foto: Reprodução)
"Estou 100% de acordo com Barnard. Michael tinha um setup especial para seu estilo de pilotagem e não deu para funcionar assim na Mercedes. Os carros haviam evoluído numa direção diferente, então Michael não teve o mesmo impacto que teve na Benetton e na Ferrari", afirmou ao jornal alemão 'Kölner Express'.
 
"Ross Brawn, depois de 2009, não podia melhorar muito o carro. A tecnologia era diferente, a geração de pilotos era diferente e Rosberg era mais rápido. Apesar de que Michael estava com forma física melhor que nunca. Michael fracassou com a Mercedes, mas se tivesse me escutado… [não teria voltado]", encerrou.
 
Weber era o empresário de Schumacher na decisão do retorno – foi até novembro de 2012. Nos últimos tempos, após o acidente de esqui do alemão, em dezembro de 2013, lamentou diversas vezes por não ser permitido a prestar uma visita ao ex-cliente.
 
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