Ex-F1 vê Mercedes sem “pressa para vencer”: “Ou não teria escolhido Antonelli”
Eddie Jordan, ex-chefe da equipe que levava seu sobrenome, disse que para voltar a vencer rapidamente, a Mercedes tinha de recorrer a um nome experiente
Com a saída de Lewis Hamilton para a Ferrari, a Mercedes teve de se mexer para formar a dupla de pilotos na temporada 2025 da Fórmula 1. E embora tenha sondado diferentes nomes no mercado, o time liderado por Toto Wolff escolheu o nome da casa e promoveu o jovem Andrea Kimi Antonelli para o posto de titular. Mas na visão de Eddie Jordan, ex-chefe do time que levava seu sobrenome, a escolha da escuderia alemã mostra que ela não tem pressa de voltar a vencer na categoria.
Desde que o regulamento que explora o efeito-solo entrou em vigor na F1 em 2022, a Mercedes se perdeu no desenvolvimento e deixou de ser uma potência no grid. Buscando novos desafios e principalmente o oitavo título da carreira, Hamilton deixou a marca alemã para se juntar à Ferrari em 2025. Assim, Wolff se viu obrigado a buscar um novo piloto no mercado.
Nomes como Max Verstappen, Fernando Alonso e até Carlos Sainz foram cogitados. Mas, no fim das contas, o escolhido foi Antonelli, jovem de 18 anos e que estava na Fórmula 2 no ano passado. E na visão de Jordan, a escolha do jovem mostra que a Mercedes não tem pressa de voltar a vencer. Afinal, é difícil imaginar que um piloto inexperiente seja capaz de suprir a lacuna deixada por um heptacampeão.
“Eles provavelmente estão economizando U$50 milhões no salário atual em comparação com Lewis Hamilton. Então há uma grande economia em termos de relações de custos. Mas de qualquer forma, Antonelli para mim foi uma surpresa. Acredito que eles deveriam ter ido atrás de Carlos Sainz. Se a Mercedes estivesse desesperada para voltar a vencer o Mundial de Construtores, eles precisavam de alguém além de Kimi ao lado de George Russell”, disse Jordan.

“Com todo respeito a Kimi, mas é muito difícil fazer isso no ano de estreia. E se ele fizer, eu serei o primeiro a dizer, ‘Aleluia, irmão, você fez um trabalho incrível’. Porque isso simplesmente não me parece possível ainda e eu sei que posso ter de engolir minhas palavras, porque o cara vai ser sensacional, mas no geral, é pedir muito. É pedir muito para a Mercedes esperar que ele seja capaz de fazer isso”, finalizou Jordan.
Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da Fórmula 1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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