Ex-promessa da Red Bull dispara contra Berger por saída da F1: “Não foi limpo”

Vitantonio Liuzzi trouxe polêmica à tona e culpou Gerhard Berger, antigo sócio da Toro Rosso, por saída do grupo Red Bull na F1

Vitantonio Liuzzi foi um dos primeiros nomes da academia de pilotos da Red Bull e representou a marca em seus primeiros anos de Fórmula 1. Correu em 2005 pela matriz e disputou algumas temporadas pela Toro Rosso na sequência, mas o italiano viu a parceria acabar ao fim de 2007. Praticamente 20 anos depois, o piloto resolveu expor alguns episódios e culpou Gerhard Berger, ex-companheiro de Ayrton Senna e então sócio na equipe de Faenza, por sair da marca de bebidas energéticas.

Hoje chamada de Racing Bulls, a Toro Rosso surgiu em 2006 após Dietrich Matestchitz, fundador da Red Bull, comprar a Minardi. Desde o início da jornada, o sonho do empresário era fazer a estrutura ser uma espécie de primeiro passo para os jovens talentos da academia da marca. Naquele ano, promoveu Scott Speed e Liuzzi — o italiano, por conta de um acordo prévio, fez três corridas pela Red Bull em 2005 no lugar de Christian Klien.

Naquele mesmo 2006, Berger adquiriu 50% das ações da Toro Rosso e se tornou chefe de equipe da estrutura. O ex-piloto da F1, com participação em 211 GPs, tinha uma visão diferente de Matestchitz: não queria que a equipe fosse somente um trampolim ou um local de formação para pilotos da Red Bull.

20 anos depois da estreia na F1 pela Red Bull, Liuzzi optou por trazer à tona as situações que o fizeram sair do guarda-chuva da marca de bebidas energéticas. O italiano responsabilizou totalmente Berger, que preferia Sebastien Bourdais, que vinha de quatro títulos na Indy, para ser companheiro de Sebastian Vettel, a escolha de Mateschitz.

Vitantonio Liuzzi (Foto: Red Bull Content Pool)

Vettel assumiu a vaga de titular durante a temporada de2007, após Speed ser sacado. Liuzzi alegou ter andado próximo da então promessa, que se tornou tetracampeão mundial pela Red Bull nos anos seguintes. Ambos marcaram os únicos pontos da Toro Rosso no GP da China daquele ano, com o alemão terminando em quarto e o italiano em sexto.

“Foi confuso na época, porque estava na Red Bull e pensei que toda a minha carreira seria com eles. Estava me conectando perfeitamente com a marca e era uma grande família, mas depois que Berger entrou na equipe Toro Rosso, começamos a ter atritos porque ele tinha interesse em outros pilotos”, disse Liuzzi ao podcast Inside Line.

“Ele estava apoiando Bourdais junto com Nicolas Todt [empresário de pilotos, filho de Jean Todt, ex-Ferrari e FIA] e é por isso que ele começou a me pressionar. No meu último ano com a Toro Rosso, Mateschitz decidiu colocar Vettel em vez de Scott Speed. Fiz uma temporada muito boa e fui supercompetitivo na segunda metade do ano, mesmo com Vettel sendo meu companheiro de equipe, mas Berger tinha ideias diferentes”, comentou.

“No final, tinha certeza de ser confirmado para 2008, porque em termos de ritmo, consistência, gerenciamento e trabalho em conjunto com a equipe foi um ótimo ano. Gerhard tinha ideias totalmente diferentes para o futuro. Então, da maneira não mais agradável, acabamos encerrando o vínculo com a Red Bull por causa do Berger”, prosseguiu.

Vitantonio_Liuzzi_2006
Vitantonio Liuzzi em carro da Toro Rosso em 2006 (Foto: Reprodução)

Liuzzi apontou que a história sobre sua saída “é longa”, mas que Berger não teria sido “o mais limpo” durante essa questão. O italiano, que saiu da Red Bull para ser piloto de testes na Force India, lamentou não ter contato a história para Mateschitz, a quem considerava como um pai na F1.

“Teria ficado na Red Bull a minha carreira toda. Mateschitz acreditava em mim e foi o mesmo do meu lado [com relação ao projeto]. Ele foi como um pai para mim e foi muito bom trabalhar com eles, mas Gerhard foi o motivo da separação. A história é longa”, contou Liuzzi.

“O modo como Berger fez isso não foi do mais agradável e nem o mais limpo, mas as coisas são assim em uma categoria tão grande. Tem de lutar com todo tipo de situação — e lutamos muito com Gerhard. Fiquei muito chateado com essa situação e nem pude falar para Matestchitz, pois eram parceiros de longa data”, finalizou.

Depois de deixar a Red Bull, Liuzzi passou um ano como reserva na Force India e depois assumiu o posto de titular em 2009 e 2010. O fim da passagem do italiano na Fórmula 1 foi em 2011, quando competiu pela HRT.

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