Novos carros, novos pilotos e, forçando um pouco a barra, novas equipes. Quando a manhã de segunda-feira (18) trouxer o pontapé inicial de 2019, é para iniciar uma temporada que promete um novo roteiro. O regulamento técnico mudou, simplificando a aerodinâmica dos carros e forçando que equipes buscassem novas soluções. Os carros já estão visualmente diferentes, com menos penduricalhos nas asas. Agora só resta saber uma coisa, e com os testes ajudando a encontrar solução: até que ponto essa F1 é realmente nova?
A incerteza cabe porque as próprias equipes não sabem muito bem o que esperar. Diz Toto Wolff, chefe da Mercedes, que a aerodinâmica revisada
permite que quem corre atrás sonhe com briga por título. Em contrapartida, as equipes do pelotão intermediário até sonham com aproximação em relação ao ‘top-3’, mas não arriscam cravar uma mudança total de panorama. As duas previsões indicam rumos plenamente possíveis: a chance de a mudança nos carros ser um tiro no alvo e o risco de ser apenas uma nova forma de gastar dinheiro sem retorno algum.
Lewis Hamilton, já com a nova asa dianteira (Foto: Mercedes)
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A pré-temporada serve um pouco para isso. Mesmo que ainda sem muita certeza e com equipes escondendo o jogo, já teremos sinais, fortes sinais, sobre o presente que a F1 encomendou para o público. Declarações de pilotos logo vão ajudar a pintar o panorama, tanto do ponto de vista da performance dos carros quando do ponto de vista da dirigibilidade e da possibilidade de ultrapassagens.
Em 2019, são oito dias – com sessões matinais e vespertinas – para equipes e pilotos correrem pelos itens dos cronogramas. A primeira semana vai do dia 18 ao 21 de fevereiro, enquanto a segunda vai de 26 a 1º de março.
O pouco tempo de atividades – no começo da década, até 2011, eram quatro semanas de testes – significa que problemas mecânicos e falta de confiabilidade como um todo são um fardo dos mais pesados. Um motor quebrado representa, por exemplo, uma chance a menos de testar a funcionalidade das novas asas dianteiras. Aí entra também uma questão que talvez seja mais celebrada do que os próprios tempos de volta – a quilometragem acumulada, sempre um ponto digno de atenção nesta época do ano.
A nova Ferrari SF90, com mudança de visual em relação ao carro de 2018 (Foto: Ferrari)
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Além dos poucos dias disponíveis às equipes antes do GP da Austrália, é possível também que as equipes sejam traídas por um problema que já é conhecido: as condições não tão boas do circuito de Barcelona. Para começo de conversa, o recapeamento recente significa que o asfalto já não é referência para o desempenho visto na maior parte da temporada.
Para completar, as temperaturas seguem amenas: as mínimas na primeira semana variam entre 8ºC e 9ºC, enquanto as máximas ficam entre 14ºC e 15ºC, indica o Weather Channel. Não chega a ser o frio digno de neve visto em 2018, mas também pode dificultar avaliações para um campeonato com provas majoritariamente realizadas no verão, seja no Hemisfério Norte ou Sul. Uma coisa boa é que a chance de chuva é remota, girando na casa de 5% ao longo da semana.
Qualquer que seja a resposta à pergunta no título deste material, uma coisa parece certa. Após longo hiato, os fãs finalmente vão poder se animar com o retorno da principal categoria do automobilismo.
O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ a pré-temporada da F1 em Barcelona com os repórteres Eric Calduch, Evelyn Guimarães e Vitor Fazio, e o fotógrafo Xavi Bonilla. Acompanhe tudo aqui.
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