F1 mantém Miami e Vietnã nos planos e projeta volta à África: “É muito importante”
Stefano Domenicali, novo chefão da F1, tem um objetivo claro ao montar o calendário: a inclusão de Miami, Vietnã e um GP na África. O desafio, de acordo com o mandatário, é achar “equilíbrio”
Os próximos anos serão de novas mudanças no calendário da Fórmula 1. Quem indica isso é Stefano Domenicali, novo chefão da categoria: de acordo com o substituto de Chase Carey, o momento é de consolidar operações nos Estados Unidos e no sudeste asiático, mas acima de tudo, abrir espaço para um GP na África.
“Basicamente no norte da África e na África do Sul, pelo que posso dizer”, disse Domenicali, referindo-se a possíveis novas casas da F1, em coletiva virtual. “Isso é algo muito importante, eu acho, em termos de ter um lugar novo ou antigo com uma grande herança de volta à Fórmula 1”, destacou.
O último GP no continente africano foi em 1993 – o da África do Sul, em Kyalami. A categoria concentrou esforços na Ásia e na Europa nos anos seguintes e, mesmo com previsão de 23 GPs em 2021, nenhum deles é na África.
Trata-se, entretanto, de um enorme quebra-cabeças: ao mesmo tempo que sonha com a África, a F1 também busca espaço para os GPs de Miami e do Vietnã, duas grandes apostas da gestão do Liberty Media.
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“Nossa estratégia no futuro vai ser estar mais presente nos Estados Unidos, e com mais de um GP”, afirmou Domenicali. “Austin tem sido muito importante nos últimos anos do nosso calendário. Será assim também no futuro, e estamos conversando com eles sobre a renovação do acordo. E é claro que Miami é um lugar para onde estamos olhando. Não posso dizer mais do que isso. Mas com certeza há um grande interesse de ambas as partes em estar lá”, seguiu.
“O Vietnã não está mais no calendário, mas ainda é uma opção em aberto. Foi um investimento incrível e, portanto, ainda está na mesa de discussão para um evento futuro”, frisou.
Se Vietnã, Miami e África entrarem no calendário, alguém terá de sair. Domenicali ainda não indicou exatamente qual é a estratégia do Liberty Media para o futuro, mas destacou a busca por um equilíbrio.
“Perdemos algumas corridas europeias que agora mostram interesse em serem consideradas novamente. Então, o que vai acontecer no futuro é que precisamos decidir qual é o equilíbrio certo entre o número de corridas, quais as áreas que precisamos investir estrategicamente para as equipes, o interesse das emissoras, da mídia e dos patrocinadores, e saber qual seria o caminho certo a seguir, sabendo que as 24 corridas estão no topo da escala do que estamos fazendo hoje”, refletiu.
“Certamente, se estamos fazendo um bom produto, é possível afirmar que, se o valor for alto, você pode chegar ao mesmo tipo de negócio sem ser muito numeroso quanto às corridas, e essa poderia ser a abordagem. Se você conseguir fazer as escolhas corretas, acho que esse é o caminho a seguir. Não vai ser talvez em curtíssimo prazo, mas diria que é isso”, encerrou.
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