F1 minimiza teto orçamentário: “Não vamos matar as equipes de fome”

Chefão da F1, Chase Carey falou sobre um dos principais pontos do novo regulamento que a categoria vai entregar para 2021: o teto orçamentário. Na visão do dirigente máximo do esporte, a norma “vai proporcionar uma base para ter uma competição mais saudável para todos no futuro”

O que esperar da F1 com a adoção do teto orçamentário de USS 175 milhões (ou R$ milhões) a partir de 2021? A categoria tem como objetivo, com a nova norma, fazer com que o esporte seja menos injusto e desigual ao diminuir a diferença de gastos entre as equipes mais ricas e as demais do grid. Chase Carey, chefão da F1, deixa claro que a medida não foi tomada para prejudicar as escuderias de maior poderio financeiro, mas sim determinada para o bem do esporte como um todo.
 
“Fiquei surpreso com a quantidade de dinheiro que as equipes gastam para vencer. Em 2021 vamos impor um teto orçamentário de US$ 175 milhões, que é bastante alto para algumas equipes”, comentou o dirigente norte-americano em entrevista ao jornal ‘The New York Times’. 
 
“Não vamos matar de fome as equipes, mas isso vai proporcionar uma base para ter uma competição mais saudável para todos no futuro”, avisou.
Chase Carey minimizou os efeitos do teto orçamentário (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A nova era da F1, capitaneada pelo Liberty Media, começou no início de 2017 na esteira de mais de 40 anos de uma categoria comandada com mãos de ferro por Bernie Ecclestone. Carey ressaltou a evolução da F1 como um todo, dentro e também fora das pistas, no período em que a empresa norte-americana está à frente do esporte.
 
“Tivemos um crescimento sólido tanto esportivo como também no aspecto financeiro. As audiências aumentaram e estamos tendo muito sucesso. Dito isso, não queremos cantar vitória. Ainda é cedo e queremos seguir melhorando, mas foi um bom começo”, ressaltou.
 
“Neste esporte nunca houve um crescimento a longo prazo, queremos ser os primeiros a fazê-lo. Tampouco havia nenhuma organização além do financeiro e jurídico. Não havia ferramentas e nem recursos para fazer crescer o esporte, e nós estamos tentando mudar a cultura da F1”, considerou Carey.
 
A respeito da sua trajetória no comando da F1, muito se fala sobre a aposentadoria de Carey em 2020. O dirigente deixa claro, nas entrelinhas, que sua permanência no esporte está perto do fim.
 
“Sempre falo sobre meu futuro a curto prazo. Sou muito velho para falar de um futuro a longo prazo. Tem sido uma aventura maravilhosa e fascinante, mas, em algum momento, haverá alguém mais jovem e melhor posicionado que eu para levar este esporte adiante. Hoje estou concentrado em fazer o melhor possível para seguir melhorando, nada além”, finalizou.

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