F1 propõe corridas de classificação nos GPs da França, Bélgica e Rússia em 2020

FIA e Liberty Media já conversam com equipes sobre realizar corridas de classificação em 2020. A ideia inicial é de usar os GPs da França, da Bélgica e da Rússia para testar corridas de classificação. A proposta precisa de apoio unânime das equipes

O plano da Fórmula 1 de realizar corridas de classificação em 2020 começa a ganhar corpo. De acordo com informações divulgadas pela revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e Liberty Media apresentaram às equipes da categoria a ideia de usar os GPs da França, da Bélgica e da Rússia para testar uma nova forma de definir o grid.
 
O plano é ter uma corrida de 100 km – um terço da distância normal de um GP – no sábado. O grid da corrida de classificação seria determinado pela classificação do Mundial de Pilotos, deixando o líder na pole-position. Isso influenciou a escolha das provas: escolher um GP do começo do ano aumentaria as chances de uma anomalia no grid da prova de classificação. A ordem final da prova determinaria o grid da corrida principal, aí sim valendo pontos pelo campeonato.
 
A proposta também altera o regulamento de pneus. Nas três corridas selecionadas, o plano é permitir que as equipes escolham qualquer pneu para a prova de classificação. No domingo, a escolha também é livre. Em caso de punição, seja por comportamento antidesportivo ou por troca de peças do motor, esta será aplicada diretamente na corrida principal.
O GP da França é uma das provas que pode ter corrida de classificação em 2020(Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
A questão é que, no caso de 2020, a mudança depende de aprovação unânime das equipes da F1. Caso não haja tal apoio, o projeto é adiado para 2021, quando FIA e Liberty Media podem forçar a mudança sem consulta prévia.
 
Isso implica em conseguir apoio das equipes de ponta – o que a ‘Auto Motor und Sport’ define como “impossível em condições normais”. É que para equipes como Red Bull e Ferrari, mas principalmente Mercedes, há mais risco de perder do que ganhar posições. A informação vai no sentido oposto do apontado por Ross Brawn, diretor-técnico da F1, recentemente.
 
A mudança no formato de classificação é um sonho antigo da FIA. 2016 trouxe o falho sistema ‘mata-mata’, em que pilotos eram eliminados de um em um minuto. A ideia era aumentar a emoção, mas não surtiu efeito. A adição de um Q4 foi cogitada recentemente, mas não ganhou tração a ponto de virar realidade. A corrida de classificação é o novo jeito de tentar limar o formato atual de Q1, Q2 e Q3, em uso desde 2006.

 


 
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