F1 rejeitou cockpit fechado porque aparência dos carros ficaria "chocantemente ruim e feia", diz revista

O acidente de Jules Bianchi no GP do Japão reabriu as discussões sobre os cockpits na F1. Contudo, de acordo com a revista inglesa 'Autosport', os principais times da categoria rejeitaram a introdução do cockpit fechado em convenção que aconteceu em outubro do ano passado

O acidente de Jules Bianchi, no último domingo (5), em Suzuka, reacendeu a discussão envolvendo a possibilidade da introdução de cockpits fechados na F1. Porém, segundo a revista inglesa ‘Autosport’, a medida foi rejeitada pelas principais equipes da categoria no ano passado, por motivos estéticos.
 
Após realizar testes e buscar desenvolver a estrutura desde 2012, a FIA apresentou a proposta às principais equipes da F1 em outubro do ano passado no encontro do ‘Grupo de estratégia da F1’. A resposta, entretanto, não foi nada positiva.
 
Entre os principais opositores à ideia estavam Ross Brawn, da Mercedes, Martin Whitmarsh, da McLaren, Christian Horner, da Red Bull, e Bernie Ecclestone, homem forte da categoria.
Christian Horner foi um dos que julgou imprópria para a F1 a adoção de cockpits fechados (Foto: Getty Images)
Tanto Horner, quanto Whitmarsh, ao serem questionados sobre o veto, haviam afirmado que, apesar de ser uma medida interessante para aumentar a segurança, a aparência dos carros ficaria “chocantemente ruim e feia”.
 
Com isto, o projeto foi descontinuado pela FIA e a decisão tomada foi a de buscar soluções para segurança mantendo os cockpits abertos.

O acidente:

Na volta 43 do GP do Japão, Jules Bianchi perdeu o controle do carro na curva 7 devido a aquaplanagem e, depois de escapar do traçado, acabou se chocando contra um trator que fazia a retirada da Sauber de Adrian Sutil, que saíra no mesmo ponto, mas na volta anterior. A pancada foi violenta, com força estimada de 50 G, já que a Marussia #17 vinha a 203 km/h.
 
O piloto foi atendido ainda na pista, encaminhado imediatamente para o centro médico da pista e, alguns minutos depois, para o hospital, na cidade de Yokkaichi, que fica a 10 km do circuito de Suzuka. Estava inconsciente, mas respirava sem ajuda de aparelhos. Rapidamente, foi submetido a uma cirurgia para minimizar um grave hematoma craniano, em operação que teve quatro horas de duração. Desde então, Jules permanece internado na UTI e seu estado é crítico.
 
Aos 25 anos de idade, Bianchi está em sua segunda temporada na F1, as duas pela Marussia, e é considerado o principal nome do programa de desenvolvimento de pilotos da Ferrari.

As imagens do acidente de Jules Bianchi no Japão:

F1 2014: o acidente de Jules Bianchi com um guindaste no GP do Japão

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