F1 vive imbróglio com equipes e recua em plano de seis corridas sprint em 2022

Tentativa de aumento do teto orçamentário para corridas sprint recebeu rejeição de equipes menores, e plano da Fórmula 1 de realizar formato em seis GPs é frustrado. Acordo oficial deve acontecer no dia 14

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Os planos da Fórmula 1 para ampliar as corridas sprint em 2022 sofreram um forte baque por disputas financeiras. Se a categoria tinha intenção de dobrar o número de eventos, de três para seis, em 2022, um atrito entre equipes grandes e pequenas vem frustrando os planos do grupo Liberty Media.

Segundo reportagem da revista alemã Auto Motor und Sport, as equipes Mercedes, Red Bull e Ferrari defendem o aumento do teto orçamentário em US$2,65 milhões (R$ 13 milhões na cotação atual) para cada equipe como uma compensação por possíveis danos durante as corridas sprint. Liderados pela McLaren, os outros sete times são frontalmente contra a ideia, acreditando que não houve evidência de danos relevantes durante as provas, e acreditam que o pedido do aumento é uma tentativa de defesa pela perda de vantagem competitiva.

A proposta de aumento do teto oferecida pela Fórmula 1 era de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,8 milhões) por corrida sprint, mas num máximo de cinco eventos, e com pagamento extra de US$ 150 mil (cerca de R$ 789 mil) para cada evento adicional.

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Valtteri Bottas, vencedor da corrida sprint em São Paulo (Foto: Mercede)

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“Alguns querem aproveitar a oportunidade para aumentar o teto orçamentário de algumas das equipes”, disse Zak Brown, diretor-executivo da McLaren, em entrevista recente. “Nós nos opomos veementemente a aumentar o teto orçamentário de qualquer coisa. Então, vamos precisar trabalhar com essa questão”, acrescentou.

No ano passado, as equipes receberam um subsídio de US$ 450 mil— equivalente a mais de R$ 2 milhões, na cotação atual — para participar das corridas de classificação, além de US$ 100 mil — ou seja, R$ 558 mil — para possíveis acidentes ou danos. Vale lembrar também que o teto orçamentário, em 2021, era de US$ 145 milhões (R$ 763 milhões). Em 2022, a Fórmula 1 diminuiu os gastos para US$ 140 milhões (R$ 736 milhões).

Em dezembro de 2021, a revista inglesa Autosport divulgou que a Fórmula 1 desejava realizar corridas sprint no Bahrein, Emília-Romanha, Canadá, Áustria, Holanda e São Paulo. Porém, as equipes já foram informadas pela Liberty Media que o calendário de 2022 terá, no máximo, três eventos sprint, em GPs que ainda não foram definidos.

Uma reunião está prevista para o dia 14, onde um acordo oficial entre Liberty Media, FIA e as equipes é esperado para acontecer. O grupo mantém os planos de introduzir a longo prazo o número de seis sprints, mas entende que pelas dificuldades que os times podem enfrentar com os carros novos, três segue como um número aceitável. Propostas de aumentar o teto orçamentário não serão apoiadas pelo grupo.

As corridas sprint foram introduzidas em 2021 como um formato diferente de definir o grid de largada do domingo, e realizadas nos sábados dos GPs da Inglaterra, Itália e São Paulo. Max Verstappen, que eventualmente se tornou o campeão mundial, venceu a edição inaugural, enquanto Valtteri Bottas faturou as outras duas.

A temporada da Fórmula 1 tem início no dia 20 de março com o GP do Bahrein.

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