Alonso admite entusiasmo, mas diz que vencer com Aston Martin em 2026 “é outra história”

Fernando Alonso até mostrou confiança de que a Aston Martin pode apresentar um desempenho melhor na temporada 2025 da Fórmula 1, mas deixou claro que as maiores expectativas e o foco estão mesmo em daqui a pouco menos de um ano, quando o novo regulamento entra em vigor na categoria. Ainda que sonhe com o tricampeonato e esteja otimista em relação ao futuro, o espanhol preferiu manter os dois pés bem firmes no chão.

O time liderado por Lawrence Stroll não tem medido esforços para criar uma base forte na busca pelo sucesso. Além da fábrica de última geração inaugurada em 2023, em Silverstone, e do próprio túnel de vento, os esmeraldinos também investiram pesado na reformulação do corpo técnico, atraindo principalmente Adrian Newey, que saiu da Red Bull depois de 20 anos. Há alguns dias, Andy Cowell, contratado em 2024 para substituir Martin Whitmarsh como CEO, foi escolhido para substituir Mike Krack na posição de chefe de equipe.

Mas antes de pensar em 2026, Alonso sabe que precisa enfrentar mais 24 corridas sob as regras atuais, que passaram a valer em 2022 e trouxeram de volta o efeito-solo à classe rainha. No último campeonato, a Aston Martin terminou somente na quinta posição do Mundial de Construtores, com 94 pontos — muito atrás da Mercedes, quarta colocada, que terminou com 468 tentos. Embora acredite em uma melhora no desempenho, o asturiano enfatizou que todos os olhares estão voltados para mais adiante.

“Em 2025, os carros serão os mesmos deste ano e será praticamente impossível dar um salto tão grande. Tomara que seja melhor do que 2024, mas não para ganhar o campeonato”, disse em entrevista ao streaming DAZN. “Depois, em 2026, haverá uma mudança de regulamento e teremos Adrian Newey trabalhando no projeto a partir de abril. É preciso se entusiasmar com a ideia de ter um bom ano, mas ganhar o campeonato é outra história. Mesmo assim, as expectativas já sei que serão altas quando estivermos na pré-temporada de 2026 ou na apresentação do carro”, continuou.

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Logo na sequência, Fernando foi sincero ao dizer que entende muito bem por que todos estão acreditando tanto em uma boa performance dos verdinhos. Para exemplificar, criou uma situação hipotética e se colocou no lugar do entrevistador, passando a analisar as chances de qualquer outra equipe ir bem se tivesse contratado Newey.

“2026, novo regulamento, Adrian Newey, Fernando Alonso. Um ano juntos. As perguntas que vocês vão me fazer eu já sei quais vão ser: se podemos sonhar com o campeonato. Eu também as faria se estivesse em casa e Adrian Newey fosse para outro time — para citar um, a Williams. Se eu fosse jornalista ou, sem ser jornalista, estivesse em casa assistindo à TV, a Williams seria uma equipe a ser levada em conta, então é normal que a Aston Martin também seja. Estamos todos entusiasmados”, acrescentou.

Uma outra novidade importante é a chegada da Honda. A montadora japonesa é uma das grandes responsáveis pelo enorme sucesso do time atualmente liderado por Max Verstappen e, em 2026, vai se tornar fornecedora exclusiva da Aston Martin. Com tantas mudanças, e com todos começando do zero novamente, Alonso admitiu que ninguém no paddock sabe o que pode acontecer.

“Todas essas estatísticas no esporte a motor, com o que mudou ao longo dos anos e das décadas, são difíceis de serem implementadas. Os carros antes eram diferentes. Os pilotos começavam a correr com 35 ou 40 anos e corriam até os 50. Agora tudo mudou. Tomara que eu possa conquistar mais pódios, alguma vitória, lutar por algum campeonato. Mas sei que 2026 é um ano que será um pouco como jogar uma moeda para cima, e tomara que saia cara. Mas não sabemos”, concluiu.

A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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