Fernando Alonso foi beneficiado com a punição em 5s sofrida por Charles Leclerc e subiu do nono para o oitavo lugar na corrida sprint do GP da Catar. Apesar do bom ritmo durante todo final de semana em Lusail, o espanhol revelou que a Aston Martin precisou “sacrificar” a prova curta pensando em um melhor resultado na corrida deste domingo. O motivo: o elevado desgaste de pneus no traçado catari.
Ao término da sprint, o bicampeão do mundo não poupou críticas à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por não dar ouvidos aos pilotos na decisão sobre a melhor estratégia de pneus a ser adotada no GP do Catar. A mudança repentina da entidade máxima do esporte aconteceu após a Pirelli, fornecedora oficial de pneus da categoria, constatar um desgaste perigoso nos compostos que poderia comprometer a segurança dos pilotos.
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“Nunca é agradável quando os pilotos não são consultados nessas decisões, mas bem, veremos hoje. Eles vão cortar os pneus novamente e decidir quantas paradas faremos amanhã, coisas que não deveriam acontecer na Fórmula 1. Mas prefiro não falar mais sobre isso”, afirmou o piloto do carro #14.
A preocupação com o desgaste elevado dos compostos obrigou a Aston Martin economizar os médios para a corrida principal. A escolha influenciou na performance que culminou com o nono lugar na prova deste sábado.
“Sem tantos safety-cars, acredito que teríamos ultrapassado as Ferrari, que estavam em declínio com os pneus. Mas a corrida de verdade é amanhã, somar um ponto hoje, dois pontos ou três pontos não muda muito. Como não sabemos quantas paradas serão obrigatórias amanhã, precisamos economizar pneus. E escolhemos economizar os médios, porque não confiávamos nos macios. Tivemos de sacrificar uma das corridas, sacrificamos a de hoje.”
Mesmo preocupado com os pneus na 17ª etapa da temporada 2023 da Fórmula 1, Alonso acredita que o AMR23 tem potencial para chegar no top-5 da prova catari. “Estou muito otimista. O carro sempre esteve entre os quatro ou cinco primeiros em cada sessão. Na corrida sprint, sem todos os safety-car, teríamos terminado em quarto ou quinto novamente. Então, amanhã, saindo em quarto, espero que possamos ter uma boa corrida. É verdade que as McLaren largam em sexto [Piastri] e décimo [Norris] e, provavelmente, nos alcançarão em algum momento da corrida. Mas vamos lutar para terminar entre os cinco primeiros e somar bons pontos”, concluiu o espanhol.
A Fórmula 1 volta à pista de Lusail neste domingo (8), com a largada do GP do Catar programada para as 14h (de Brasília, GMT-3). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL. Há também a transmissão da corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, a partir das 13h40.