Alonso mostra que talento não envelhece, mas paciência é necessária na Alpine

Fernando Alonso está próximo dos 40, mas com o mesmo talento que tinha aos 25. A missão do espanhol agora é ter paciência para a evolução da Alpine, que claramente começa a temporada atrás das principais rivais

Hamilton vence na estratégia e pega Verstappen: assista como foi o GP do Bahrein (Vídeo: GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Foram mais de dois anos fora, com um leque de aventuras no esporte a motor neste meio tempo, mas Fernando Alonso voltou ao grid da Fórmula 1, e de forma convincente. Apesar do abandono no GP do Bahrein por um problema de superaquecimento nos freios, o espanhol deu a impressão que jamais deixou a categoria.

É certo que o início da Alpine na temporada foi bastante frustrante. Ao contrário da forma que a Renault terminou 2020 e dos testes do início de março, a equipe parece longe de estar no mesmo ritmo da McLaren, a atual terceira força do pelotão, e ainda deixou Sakhir sem pontos por conta da pífia performance de Esteban Ocon.

“Foi uma pena abandonar. Acho que os pontos não eram possíveis hoje e temos que melhorar para a próxima corrida. Ainda me falta tempo de carro, assim como todos os pilotos que trocaram de equipe. Vettel, Ricciardo, Carlos… Imagina isso multiplicado por dois anos e meio. Suponho que com mais duas corridas estarei mais cômodo”, disse Fernando após o abandono.

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Fernando Alonso abandonou por conta de um problema inusitado em Sakhir (Foto: Alpine F1 Team)

Por ter colocado o carro no Q3 e batalhado por pontos enquanto esteve na pista, Alonso já dá uma boa demonstração de que a equipe será dele e dificilmente será ofuscado pelo companheiro francês, que já teve uma temporada difícil ao lado de Daniel Ricciardo, em 2020. Para o bicampeão mundial, o segredo é paciência e lembrar que o campeonato tem 22 corridas restantes.

É certo que, prestes a completar 40 anos, Alonso não tem mais pressa em ser campeão. Talvez nem mire isso. O que coloca o espanhol em uma missão muito diferente de quando embarcou no projeto McLaren-Honda, em 2015. Naquela época, o bicampeão quis encontrar e liderar algo ambicioso, mas foi um fracasso retumbante.

Na Alpine, a missão será diferente. O fundamental é manter a evolução do time, que passou por uma grande reestruturação interna recentemente e entregar a equipe em um patamar mais alto em sua futura saída. A melhor forma de compensar a saída de Daniel Ricciardo era trazendo um nome grande como o espanhol.

Fernando Alonso abandonou o GP do Bahrein (Foto: Beto Issa)

A tendência para Alonso é de melhorar. Afinal, é até bobo ignorar que o veterano ficou mais de dois anos sem competir na categoria, apesar do retorno positivo. No GP da Emília-Romanha, estará na mesma pista em que Ricciardo foi ao pódio em 2020. Repetir o feito do australiano será complicado, mas ainda é em um cenário favorável para mostrar o potencial do carro.

Será necessário que a Alpine, assim como a Renault em 2020, também firme o pé na evolução, que foi uma grande resposta para o início marcado por abandonos no ano passado. Alonso é um piloto extremamente capaz a cumprir este papel.

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