Ferrari busca solucionar dificuldades conhecidas na França: “Sabíamos que seria difícil”

Embora os carros da Ferrari tenham se classificado bem, restou a Carlos Sainz Jr. e Charles Leclerc apenas a 11ª e 15ª posições no GP da França. Para Mattia Binotto, chefe de equipe, mostra como a Ferrari tem problemas já conhecidos há anos com o circuito francês

Verstappen arrisca na estratégia e bate Hamilton: os melhores momentos do GP da França (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Nas últimas corridas, o ritmo de classificação da Ferrari se mostrou bastante surpreendente – sobretudo, no último sábado, no GP da França. Os bons quinto e oitavo lugares de Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr. pareciam guardar boas oportunidades para a dupla mas, no domingo, não foi isso que aconteceu. Apesar dos pilotos terem mantido suas posições nas primeiras voltas, uma mudança para pneus duros revelou-se catastrófica para ambos, com Sainz e Leclerc caindo cada vez mais no pelotão à medida que a corrida se desenrolava.

Após a prova, o chefe de equipe Mattia Binotto explicou o quão “cansativa e difícil” foi a corrida para a equipe que, embora tenha se classificado bem, foi pega em uma armadilha pelo uso dos pneus.

“Não tenho muito a dizer”, disse Binotto. “Uma corrida muito cansativa e difícil para nós hoje. Não conseguimos colocar os pneus a funcionar como devíamos e penso que o nosso desempenho foi muito difícil com os pneus”, comentou.

“Não acho que reflita o verdadeiro ritmo do carro ou o desempenho em si, mas é algo que precisamos aprender e resolver, não no futuro imediato, mas no médio e longo prazo”, explicou.

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Charles Leclerc foi apenas o 16º no GP da França (Foto: Ferrari)

Vale ressaltar que Leclerc terminou o GP da França de 2019 no pódio, na terceira posição. Mas, apesar disso, Binotto admitiu que as origens do pesadelo da Ferrari na corrida deste ano eram já conhecidas pela equipe.

“Sabíamos que este circuito seria difícil. Curvas de alta velocidade onde você coloca muita energia nos pneus, o que pode aquecê-los demais. E se você está olhando novamente para dois anos atrás, estávamos realmente lutando aqui, então eu acho que essas são as características do nosso carro. Não é uma pista que nos sirva bem”, explicou o chefe da equipe.

“Mas, no final das contas, foi há dois anos que tivemos o problema. Devíamos ter resolvido isso, ainda não é o caso, então é por isso que olhar para o futuro é importante para aprender as lições, para classificá-lo”, seguiu.

“Para nós é mais importante entender e abordá-lo definitivamente para o próximo ano”, acrescentou Binotto. “A principal preocupação para nós é que vai acontecer em mais corridas, mas não em todas as pistas. Precisamos nos preparar para esta situação”, contou.

Pensando em 2022, Laurent Mekies, diretor-esportivo da Ferrari, revelou que a equipe de Maranello abandonou o desenvolvimento do SF21. Indo ao encontro da declaração de Binotto, é possível que os planos caiam sobre o novo regulamento do ano que vem, embora não signifique, necessariamente, que a equipe esteja ignorando seus problemas: Mekies disse que a Ferrari entenderia as dificuldades e faria melhoras depois do GP da França.

No entanto, sem folgas, a Fórmula 1 continua o campeonato neste fim de semana. Os GPs da Estíria e Áustria, ambos na pista de Spielberg, estão marcados para as duas próximas semanas. Depois disso, Inglaterra e Hungria encerram a primeira parte da temporada.

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