Ferrari critica FIA por mudanças no fim de semana do Catar: “Gerenciamento errado”
Frédéric Vasseur não poupou críticas à FIA pelas alterações ocorridas na pista do Catar. Sobre o desempenho da Ferrari em Lusail, francês se disse satisfeito — e diminuiu a evolução da McLaren
O caótico e desafiador GP do Catar, realizado neste domingo (8), não foi um dos mais favoráveis à Ferrari. O vazamento de combustível no carro de Carlos Sainz momentos antes da largada não ajudou na busca pelo segundo lugar na classificação do Mundial de Construtores, apesar da quinta posição conquistada por Charles Leclerc. Frédéric Vasseur, chefe da equipe de Maranello, não escondeu as complicações vividas pelo time em Lusail, mas afirmou que está satisfeito com o que foi alcançado.
Na disputa entre as equipes, a Ferrari ainda perdeu um pouco mais de terreno para a Mercedes, que conseguiu a quarta posição com George Russell. O déficit poderia ter sido ainda maior, não fosse o acidente que tirou Lewis Hamilton da prova na primeira volta e limitou os danos para o time italiano.
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“Foi um fim de semana muito difícil, não apenas devido aos pneus e às zebras, mas também devido ao vento, à temperatura e à areia na pista na sexta-feira. Não podemos reclamar com os pilotos, pois, para eles, foi uma performance física no limite”, afirmou Vasseur.
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A prova ganhou contornos ainda mais complexos devido às mudanças feitas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) antes da corrida, limitando o uso dos pneus devido a questões de segurança. Além disso, a entidade ainda alterou os limites de pista em uma parte do circuito em meio ao fim de semana.
“Acho que as decisões tomadas foram boas, pois eram em prol da segurança, mas é a maneira errada de se gerenciar. Até mesmo mudando os limites da pista, não sei quantas infrações ocorreram. Estávamos de olho no número de voltas e, ao mesmo tempo, nessas faltas, e essas são coisas que não podem acontecer”, reclamou o dirigente.
Além disso, Vasseur ainda abordou a rivalidade com a McLaren, que está se tornando cada vez mais acirrada nas últimas corridas — mas que preocupa, especialmente, para 2024. No entanto, o chefe da Ferrari não parece ligar muito para a boa performance da equipe de Woking, atribuindo os pódios às características das pistas.
“Se olharmos para as duas últimas provas, acredito que a McLaren está atrás da Red Bull, mas Suzuka e Lusail têm características quase idênticas, com uma série de curvas de alta velocidade. Nós tivemos um desempenho melhor em Monza e em Singapura, mas veremos nas próximas corridas. Austin é um misto de tudo e mostrará em que posição estamos. Além disso, as condições aqui foram extremas para os mecânicos, os pneus e os pilotos, alguns quase desmaiaram no final. Nos Estados Unidos, voltaremos à normalidade”, finalizou o francês.
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 20 e 22 de outubro, em Austin, com o GP dos Estados Unidos, o primeiro da última perna tripla da temporada. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.
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