Ferrari diz que protesto contra teste secreto da Mercedes visa esclarecer "o que é possível" pelo regulamento

Stefano Domenicali, chefe da Ferrari, afirmou que a equipe italiana somente protestou contra o teste secreto de Mercedes e Pirelli porque deseja ter uma noção clara do que o regulamento realmente permite nestes casos, sobretudo quanto ao uso de um carro atual nos treinos

Ainda repercutindo o polêmico teste secreto feito pela Mercedes a pedido da Pirelli após o GP da Espanha e falando sobre a queixa feita pela Ferrari em Mônaco, Stefano Domenicali explicou que a equipe italiana somente entrou com protesto contra o treino da rival e da fornecedora de pneus para obter clareza sobre o que é e o que não é realmente permitido pelo regulamento.

Como a maioria das equipes do paddock, o time vermelho está convencido de que qualquer teste com um carro atual é ilegal, mas que se a FIA afirmar que os ensaios são permitidos, a esquadra de Maranello será a primeira a solicitar um treino extra.

Stefano Domenicali que clareza da FIA sobre regras (Foto: Getty Images)

Depois da corrida na Catalunha, vencida por Fernando Alonso, a escuderia comandada por Ross Brawn realizou três dias de testes com o carro atual e com os pilotos titulares. A atividade provocou a ira dos adversários, que só ficaram sabendo da manobra durante o último fim de semana, em Monte Carlo.

"Nós apenas queremos saber se é possível", afirmou o chefe da Ferrari. "Se isso for possível, seremos os primeiros a levantar a mão para ter a certeza de que podemos fazer o mesmo, porque, como se sabe, a Ferrari tem grande interesse em testes durante a temporada, e esta é a razão pela qual queremos entender essa situação, não mais do que isso", explicou.

Domenicali reforçou ainda a ideia que não é permitido pelo regulamento testes durante o campeonato com carros atuais. "Há dois anos, eu acho que está claro que a Pirelli, a fim de fazer alguns testes, pediu para todas as equipes realizar algum tipo de treino. Mas, para nós, estava claro que só poderíamos fazer isso se o carro não fosse atual, e é por isso que, basicamente, acreditamos que não é possível. Porque de outra forma, como eu disse, nós seríamos os primeiros a testar", completou.

Questionado se a vitória de Nico Rosberg em Mônaco poderia já ter sido resultado já dos testes da Mercedes, o italiano preferiu a cautela. "É difícil dizer, para ser honesto", afirmou. "Com certeza, os três dias de testes ajudaram, porque senão não teriam feito. Mas dizer que isso foi um efeito imediato eu não poderia afirmar, porque não sabemos o que eles testaram, não estava lá. Seria uma análise apenas superficial, e isso eu não quero fazer", concluiu o dirigente.

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